Política

Everaldo confirma fim de eleição direta para presidente nacional do PT

Publicado em 10/11/2016, às 09h12   Luiz Fernando Lima



Em reunião da corrente interna ‘Construindo um novo Brasil’ (CNB), majoritária no PT, os representantes decidiram apoiar a tese defendida por tendências minoritárias de promover eleições indiretas para presidente nacional e estadual da legenda e manter o modelo de Processo de Eleição de Delegados (PED) para eleger as direções municipais.

O presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação, afirma que a CNB optou por esta saída para harmonizar o partido, mas que a tese defendida pela maioria dos membros da tendência era de eleição direta para todos os níveis de direção. “Nós topamos fazer deste modo para construir uma estratégia que nos faça retomar a hegemonia no processo político”.

De acordo com o presidente estadual do partido, o próximo congresso nacional deve acontecer em março e nesta quinta-feira (10) será definido o local. A Bahia está descarta já que recebeu, no ano passado, o 5° Congresso. “ O debate que precisamos fazer até lá é o que nos dê subsídios para compreender o que aconteceu nestas eleições deste ano”.

Everaldo acredita que o alto percentual de abstenções, votos nulos e brancos demonstram a existência de uma parcela significativa da sociedade que poderia votar com o PT ou no PT, mas que não quis se posicionar diante do atual cenário. “Esta é uma avaliação que precisamos fazer e o próximo presidente nacional terá o desafio de congregar o partido e harmonizar as correntes internas”.

Embora diga que não há uma nececssidade de ter um dirigente nacional oriundo do Nordeste, o presidente do PT da Bahia afirma que seria interessante trazer o peso político da região para a função. “O debate mais importante é o de formar uma frente de esquerda que seja ampla no campo democrático. Este é outro desafio para retomarmos a hegemonia e voltarmos a dialogar com a sociedade petista”.

Sobre a necessidade de fazer uma reflexão pública dos equívocos do partido, Everaldo defende que deve ser feita a análise dos erros políticos, mas sem deixar de lado o legado positivo que foi deixado após os 14 anos de gestão petista no Governo Federal.

Publicada no dia 9 de novembro de 2016, às 19h28

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