Política

Um mês antes de prisão, Cabral disse andar de 'cabeça erguida'

Publicado em 17/11/2016, às 11h31   Redação Bocão News


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Preso nesta quinta-feira (17) sob suspeita de ter recebido propina de empreiteiras investigadas na Lava Jato, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) dizia ter a "consciência tranquila". 
Desaparecido da vida pública há mais de dois anos, ele conversou com a Folha de S.Paulo no dia do primeiro turno da eleição municipal. 
"Quem tem consciência tranquila pelo que fez pode enfrentar isso de cabeça erguida", disse o ex-governador, sobre as delações que citavam seu nome. 
Cabral votava na Caixa Econômica Federal, no Leblon (zona sul), pela primeira vez. O ex-governador alterou seu local de votação após 34 anos -antes, sua seção era na escola Roma, em Copacabana. Foi reconhecido, mas não hostilizado. 
"Estou há 14 anos [morando] no Leblon. Tinha uma superstição. Desde 1982 que eu voto lá e mantive. Como não estou disputando essa eleição, mudei", disse Cabral à reportagem. 
O peemedebista afirmou que se recolheu para "respeitar quem tem mandato". Apesar do desaparecimento da vida pública, Cabral atuava constantemente nos bastidores do PMDB do Rio. 
Seu escritório no Leblon virou uma espécie de "muro das lamentações" de aliados insatisfeitos com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). 
O ex-governador participou ativamente de reuniões da coordenação política da campanha de Pedro Paulo (PMDB), candidato derrotado à Prefeitura do Rio. 
Ele afirmou que o seu candidato não conseguiu subir mais nas pesquisas em razão da pulverização de candidaturas com nomes que ele considera expressivos. 
"Uma campanha muito pulverizada. Espero que a população reconheça no Pedro as mudanças que realizamos. Mas o fato de termos muitos candidatos e expressivos, certamente deu à campanha uma pulverização maior", disse Cabral.

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