Política

Não estamos bem, mas já estivemos pior, diz Eliana Calmon sobre Justiça da Bahia

Publicado em 18/11/2016, às 10h21   Cíntia Kelly


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Nós baianos paramos de piorar o nosso Judiciário. A constatação é da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira (18). “Não estamos bem, mas já estivemos pior", falou. 

Nesta quinta-feira (17), o presidente da OAb/Bahia, Luiz Viana Filho afirmou que há uma clara necessidade de implantar um plano de reestruturação sustentável do Tribunal. “Levamos ao então presidente Lewandowski e ao TJ-BA, à época ao presidente Eserval Rocha, e agora estou trazendo à presidente Maria do Socorro proposta para que seja feita uma comissão de alto nível, com participação da OAB, para que a gente possa pensar a médio e longo prazo. Daqui a dez anos, se não programar, o Tribunal de Justiça vai estar pior do que hoje. É uma proposta de reestruturação do Judiciário baiano, isso é estrutural.

PRISÃO - Aidna durante a entrevista à Metrópole, Eliana, que é ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ressaltou a importância das prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral (PMDB).

Para ela, a Justiça está agindo no que é mais "gritante". "O povo já sabia que estavam acontecendo coisas erradas e absurdas, principalmente no estado do Rio de Janeiro. Chegamos a uma situação caótica, todos estão pagando um preço altíssimo pela corrupção de poucos. É absolutamente natural, vimos isso acontecer em outros países, eles não estão acostumados a isso, ignoram, o que seja Justiça, o que seja coibir os maus feitos, eles têm razão para continuar nesta luta", ressaltou.

ALTOS SALÁRIOS - Eliana Calmon também falou sobre a tentativa de cortar os salários do Judiciário. Ela, no entanto, criticou o fato de a medida estar sendo capitaneada pelo presidente do Senado, Renana Calheiros (PMDB). “O Judiciário peca e peca muito com salários em desacordo coma Constituição Federal. Vi muita coisa, como no Rio de Janeiro com salários astronômicos. Isso precisa ser corrigido. A iniciativa partir de Rena é que é de se admirar. [...] Precisa haver correção, mas que não seja só no Judiciário. O poder Legislativo também tem altos salários”. 

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