O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT) voltou a estabelecer nova data para votar o projeto de privatização dos cartórios da Bahia. De acordo com o parlamentar, os deputados devem fechar o texto até o início de agosto e votá-lo entre os dias 10 e 15 do mesmo mês. O compromisso foi assumido durante entrevista ao apresentador Zé Eduardo, no programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, nesta quarta-feira (13).
O pedetista reiterou a dificuldade de chegar a um texto que contemple todos os pontos da proposta. “Estou há 21 anos na Assembleia Legislativa e nunca vi um projeto tão difícil”, disse. Nilo discorda da posição da presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Telma Brito, de fazer uma privatização gradual. Ele lembrou que tinha um compromisso de aprovar o projeto ainda no primeiro semestre, mas argumentou que não foi possível pela complexidade da matéria.
Em seu terceiro mandado à frente da Assembleia, fato inédito até então, Nilo aproveitou a entrevista para defender o trabalho dos parlamentares durante o recesso do mês de junho. Criticados por terem 90 dias de "férias" parlamentares, os deputados podem reduzir o período de recesso para 60 ou 45 dias, já que o presidente do Legislativo baiano prometeu apresentar projeto neste sentido.
“Se dependesse da opinião do presidente, eu já teria reduzido. Mas tenho que conversar os demais deputados e se for a vontade da maioria vamos aprovar”, disse. Nilo diferenciou o recesso das férias. Segundo o presidente, durante o recesso os parlamentares visitam as bases e recebem as lideranças, se ausentando apenas das atividades das comissões e do plenário.
Questionado sobre um suposto baixo rendimento das atividades parlamentares no primeiro semestre, Nilo respondeu que muitos projetos foram aprovados nos primeiros seis meses. Destacou a Reforma Administrativa, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a política de Meio Ambiente e a ampliação da licença maternidade, de quatro para seis meses. O problema é que todos os projetos listados são de autoria do governo do estado.
O deputado também se esquivou da pergunta do apresentador sobre uma eventual chapa para 2014, na qual Nilo seria vice de Pinheiro na disputa pelo governo baiano. De acordo com o presidente, não é hora para pensar nisto, mas de antemão garantiu que vai apoiar o candidato de Jaques Wagner.
Nilo, que deixou o PSDB para ingressar no PDT em 2009, defendeu a pré-candidatura de seu correligionário à prefeitura de Salvador, o deputado federal Marcos Medrado. Segundo o parlamentar estadual, o presidente nacional da legenda, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, esteve com Wagner e conversou sobre esta necessidade do partido ter um nome.
O presidente da Assembleia, que é do município de Antas, descartou qualquer possibilidade de se candidatar à prefeitura de Salvador ou de sua cidade natal.
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