Política

Articulação de Leo Prates dificulta a cada dia reeleição de Paulo Câmara

Publicado em 26/11/2016, às 14h25   Victor Pinto e Luiz Fernando Lima


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16 votos. Esse é o total de vereadores que já declarou votar no vereador Leo Prates (DEM) para presidente da Câmara de Salvador, cuja contabilização da urna do 02/02/2017 segue também esta previsão, por hora. O certo é que o demista tem dificultado, a cada anúncio, a recondução de Paulo Câmara (PSDB) para um mandato de mais de dois anos à frente do legislativo soteropolitano.

Novas agremiações devem anunciar o apoio a Prates, como o PHS, PSC e PRB. Pelo andar da carruagem, o vice-líder da bancada governista já teria votos suficientes para se eleger.

De acordo com informações do Bocão News, a tática dos apoios de Prates atende a anuência de setores do Palácio Thomé de Souza. Nos bastidores, tal condução já fora apelidada de “Operação Palácio”, mesmo com as mais claras declarações do prefeito ACM Neto (DEM) de que ele não iria interferir no poder legislativo, mas não comentou e nem colocou restrições aos seus principais aliados.  

Apesar do movimento Câmara Democrática possuir, até então, três candidatos - Leo, Isnard Araújo (PHS) e Tiago Correia (PSDB) - e terem colocado a data de 12/12 como a definidora da junção em um único nome, o nome de Prates sempre teve mais destaque. A tendência é de Isnard e Correia fazer o mesmo que os outros dois membros, Joceval Rodrigues (PPS) e Geraldo Júnior (SD), desistiram para apoiar o candidato do DEM.

Câmara, apesar de possuir a caneta na mão, sofreu a desidratação do cargo e viu alguns aliados de outrora migrarem para o novo nome da base governista.

O possível fiel da balança, a oposição, teve a porteira aberta com anúncio do PTN na tarde desta sexta-feira (25). Os petenistas, que foram adversários de Câmara na eleição passada, seguem com Prates. Restam o PCdoB, PT e PSD, siglas mais fortes, não indefinição, mas com uma clara tendência simpática ao edil que é a personificação de Neto da Casa. Apesar de negarem, fontes afirmaram a esse site que o núcleo já colocava em voga conversas do possível apoio, principalmente dado ao modo como que Câmara tratou a agremiação no último pleito, não dando as garantias de nenhum cargo na mesa diretora.

Resta saber como será a reação de Câmara de agora em diante e como Léo Prates se comportará com a possibilidade de novas alianças.

Nesse contexto é importante saber como vão se posicionar os principais cardeais do PSDB na Bahia, leia-se Antônio Imbassahy, Jutahy Júnior e João Gualberto. 

Publicada originalmente dia 25

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