Política

Odebrecht tinha rede de operadores para repasses de propinas a políticos

Publicado em 12/12/2016, às 07h12   Redação Bocão News


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Nos últimos seis anos, uma rotina inalterável abriu as semanas de trabalho da secretária Maria Lúcia Guimarães Tavares: toda manhã de segunda, imprimia de sua agenda do computador, na sede da Odebrecht, em Salvador, uma planilha com requisições para entregas de dinheiro da semana, de acordo com o jornal Estadão. Era propina e caixa-2 para políticos e agentes públicos, em troca de favores e contratos públicos, em especial, da Petrobrás, de obras de usinas de energia, de metrô e de estádios da Copa 2014.
A publicação afirma que a Odebrecht montou uma estrutura financeira paralela para operacionalizar os repasses de propinas. Chamados de “prestadores de serviços”, esses operadores financeiros teriam movimentado mais de R$ 1 bilhão, entre 2004 e 2014, só em contratos com a Petrobrás, estima a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Ainda segundo o jornal, aão operadores do mercado financeiro legal, doleiros, lobistas e ex-executivos que trabalhavam fora dos quadros da Odebrecht, mas vinculados ao Setor de Operação Estruturas – departamento do grupo que cuidava dos repasses da corrupção a políticos e agentes públicos.
Foram os chamados “prestadores de serviços” que mantiveram em funcionamento, por mais de dez anos, a estrutura de contas secretas em nome de empresas offshores (que existiam no papel, com sede fora do Brasil), usadas para movimentação de dinheiro de propina, e que faziam transferências no exterior e também entregas de moeda em espécie.

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