Política

Retrospectiva 2016: balanço da Câmara de Vereadores de Salvador

Publicado em 27/12/2016, às 22h35   Victor Pinto


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Um ano que tinha tudo para ser mais quente, mas foi bem morno no campo político da Câmara de Salvador.

O início de 2016 começou com pequenas confusões entre os vereadores por entendimentos e desentendimentos do novo regimento interno da Casa.O conjunto de normas da CMS sofreu alterações no fim do ano passado e passou a valer a partir de 2016. Fora isso, o clima era ameno...

Tivemos as discussões do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, o PDDU. O vereador Leo Prates (DEM) assumiu a relatoria do projeto e o vereador Arnando Lessa (PT) a presidência da comissão que gerenciou os trabalhos de tramitação. Como era esperado, as audiências foram acaloradas, inclusive com as supervises do Ministério Público. A aprovação do plano, diferente do de João Henrique, que varou a madrugada, foi feita em tempo recorde, pois foi aprovado em títulos e não artigo por artigo o que gerou revolta da oposição.

Outras propostas que geraram discussões foram a Lei de Uso e Ordenamento do Solo, a LOUOS; a proposta que regulamentou a profissão de mototaxistas em Salvador de autoria do vereador Claudio Tinoco e o projeto do vereador Alfredo Mangueira que deixou o Uber na ilegalidade.

No campo político, houve o recesso branco no meio do ano. Com a chegada das eleições, o movimento do Plenário Cosme de Farias sumiu. Os edis colocaram sebo nas canelas para reconquistar suas vagas no legislativo. Das 43 cadeiras, somente 29 foram renovadas. Teremos dez vereadores totalmente novos no legislativo.

O único que ficou de fora da corrida eleitoral foi Waldir Pires. O petista desistiu de tentar reeleição, mas garantiu continuidade na vida política como cidadão. Inclusive, pela comemoração da passagem dos seus 90 anos, a Câmara realizou uma sessão solene em sua homenagem com autoria dos vereadores Paulo Câmara e Edvaldo Brito.

Também passou pela seara do plenário Cosme de Farias as discussões sobre o vice de ACM Neto. O Bocão News  chegou a fazer uma pesquisa entre os vereadores da base para saber qual dos concorrentes era o preferido. O resultado foi Bruno Reis, refletido depois na escolha de neto e na escolha das urnas.

Na reta final da legislatura a eleição para presidente dominou os debates e articulações. Câmara que ensaiava uma reeleição foi engolido pelas movimentações de Prates, que com a força do palácio Thomé de Souza, conseguiu se viabilizar para o posto e será o presidente eleito em janeiro de 2017.

Câmara adotou posturas mais ariscas no comando da Casa, principalmente pela sua indefinição se continuaria no legislativo, iria para alguma secretaria de Neto ou algum cargo no governo federal.

A pauta do reajuste salarial dos vereadores também passou pelo turbilhão. Enquanto o edis governistas pressionavam pelo reajuste de 25%, Câmara resolveu colocar um pé no projeto de olho nos seus votos de opinião e não colocou a proposição para apreciação na surdina. No fim das contas, sob a presidência do vereador Kiki Bispo, os vereadores resolveram aumentar o teto salarial do prefeito e o seu salário, mas com congelamento em 2017.

O Bocao News também fez balanços de fim de ano. Levantamento feito pelo site apontou o vereador Beca como o que mais apresentou projetos de lei em 2016. Um total de 29. Pires, Pedrinho Pepê e Carlos Muniz não apresentaram nenhum.

O ano de 2017 chega com perspectivas de movimentações contundentes no Legislativo soteropolitano.

Classificação Indicativa: Livre

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