Com mais quatro processos instaurados nesta quinta-feira (21), sobe para sete o número de indicâncias e processos administrativos abertos pela Controladoria-Geral da União (CGU) contra servidores do Ministério dos Transportes e órgãos vinculados denunciados pela imprensa nos últimos dias, dando conta de prática de irregularidades na pasta. A essas apurações, somam-se outras 18 investigações e processos disciplinares que já haviam sido instaurados pela CGU antes das denúncias envolvendo a área dos transportes.
Um dos processos abertos apura denúncia relativa ao ex-diretor executivo do DNIT, João Henrique Sadok de Sá, envolvendo a contratação da Construtora Araújo Ltda, de propriedade de sua mulher, Ana Paula Batista Araújo, pelo governo de Roraima, para execução de obras rodoviárias custeadas com recursos do DNIT.
Outro processos adminsitrativo investiga irregularidades em diversas licitações com indícios de direcionamento para determinadas empresas, com suposto envolvimento do servidor Marcelino Augusto Santos Rosa. É alvo também o coordenador de Construções Rodoviárias do DNIT, Luiz Munhoz Prosel, sob quem paira a suspeita de envolvimento no superfaturamento de obras rodoviárias com uso do chamado jogo de planilhas.
Na portaria publicada nesta quinta-feira consta também a instauração das responsabilidades do ex-coordenador geral de Operações Rodoviárias do DNIT, Luiz Claudio Varejão, na execução de serviços de pesagem de cargas sem cobertura contratual pela empresa Engespro.
Varejão, que foi afastado recentemente do cargo, vai responder também por suposto envolvimento no reconhecimento de dívida com o Consórcio Rodovida sem a devida comprovação da execução dos serviços.
Existe também em andamento uma sindicância patrimonial aberta para apurar possível enriquecimento ilícito de Mauro Barbosa, ex-chefe de gabinete do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.
A CGU realiza, ainda auditoria em licitações, contratos e obras envolvidos nas denúncias. O resultado dessas auditoria pode levar a abertura de novos processos disciplinares e sindicâncias envolvendo outras pessoas, segundo adianta a direção da CGU.
