Política

Liderança da bancada do PT é disputada por três deputados

Publicado em 14/02/2017, às 14h00   Luiz Fernando Lima


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lA bancada do PT na Assembleia Legislativa continua o processo de rearrumação após a eleição de Angelo Coronel (PSD) à presidência da Casa. Os petistas se aliaram ao ex-presidente Marcelo Nilo (PSL), que buscava o sexto mandato consecutivo no comando da Casa, mas Nilo declinou e o PT ficou novamente sem nenhum acento na Mesa Diretora.

Quando Nilo declinou à disputa, sabedor de que seria derrotado no plenário, os petistas ainda tentaram recorrer ao regimento do Legislativo em busca de um lugar no púlpito do Palácio Luís Eduardo Magalhães. Paulo Rangel evocou a regra da proporcionalidade e por ter a maior bancada da Casa, os petistas deveriam ter um lugar na Mesa, contudo, não logrou êxito.

As quatro vice-presidências e quatro secretarias já estavam divididas e tinham candidatos fortes. Apenas a terceira vice-presidência foi disputada entre dois deputados do PTN. Alex Lima levou a melhor sobre Jânio Natal. Com isso, o PT passará os quatro anos de governo Rui Costa sem participar das decisões administrativas do Legislativo.

A lamentação deu lugar a uma disputa interna na bancada. Menos pelas decisões administrativas e mais pela escassez de espaço para alocar aliados e fazer a política cotidiana. Os embates nas reuniões dos 12 estão sendo acaloradas e com arbitragem da direção estadual do partido.

Ressalta-se que tudo dentro da diplomacia tradicional do partido. Às quatro paredes as discussões são fervorosas. Da porta para fora, a narrativa é de paz e tranquilidade, mas não é bem assim. A liderança da bancada, por exemplo, estava sob a tutela de Rosember Pinto. Ele a entregou em cumprimento de acordo de rodizio que existe.

A estrutura de liderança de bancada é grande. Além de ocupar espaço de poder e ter interlocução com secretários e com o próprio governador Rui Costa, as verbas destinadas à política e à assessoria de gabinete são disputadas pelos parlamentares que ali alocam seus aliados e afins.

Este “uso” de gabinete é o mesmo para todos os parlamentares que ocupam cargos de lideranças, vice-lideranças, ou estão na Mesa Diretora. Não é, diga-se, uma exclusividade de legisladores petistas. Mas o fato de o PT ter apenas este espaço faz crescer dentro da bancada o acirramento.

Três deputados colocaram seus nomes à disposição da bancada para assumir a função deixada por Rosemberg. Marcelino Galo, Bira Coroa e Maria del Carmen. A última, foi candidata à vice-prefeita de Salvador na última eleição municipal cumprindo tarefa dada pelo partido, além disso, del Carmen ocuparia uma das duas vagas destinadas ao PT em caso de Nilo ter conseguido formar maioria para a sua “chapa” na Casa.

Outros espaços disputados pelos petistas são as comissões permanentes, temporárias e subcomissões. Joseildo Ramos foi eleito nesta terça-feira (14) presidente da Comissão de Constituição e Justiça, entretanto, a eleição para o cargo foi feita adiantar os trabalhos e o deputado que é ex-prefeito de Alagoinhas deve ser substituído por outro petista. Joseildo já estava à frente da CCJ. Luiza Maia substitui Neusa Cadore na presidência da Comissão de Direitos da Mulher.

As outras definições virão apenas após o Carnaval.

Classificação Indicativa: Livre

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