Política
Publicado em 18/02/2017, às 09h10 Luiz Fernando Lima
Um grupo de representantes do movimento interno do Partidos dos Trabalhadores, Mudar Pra Valer, procurou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, nesta sexta-feira (17), para convidá-lo a “disputar” a presidência do partido na Bahia. Recebeu a negativa de pronto.
O agrupamento reúne tendência do PT como Democracia Socialista, Avante, Reencantar, Esquerda Democrática Popular (EDP), além de quadros partidários que não estão vinculados a nenhuma corrente. O deputado federal Luiz Caetano é um destes exemplos. A estratégia passa por ter um candidato único que possa unificar o partido.
Wagner seria uma das soluções para harmonizar o PT no entendimento deste agrupamento, contudo, na avaliação do próprio secretário, de acordo com fontes deste site, as tensões internas continuariam presentes o que significaria tratar a ferida com um placebo ou forjar uma saída artificial. O nome do ex-governador da Bahia chegou a ser cogitado também para assumir o partido nacionalmente, mas não prosperou.
Atualmente, o partido, na Bahia, está sendo dirigido, principalmente, pelo campo político que reúne a CNB, maior tendência nacional da legenda, em um consórcio com a Esquerda Popular Socialista (EPS) que tem como um dos seus principais nomes o deputado federal Valmir Assunção.
Esta aliança foi determinante para a vitória de Everaldo Anunciação no último Processo de Eleição Direta (PED) e também para que Rui Costa tivesse ampla vantagem quando disputava internamente a indicação para concorrer ao governo do estado em 2013, um ano antes da eleição. Ressalta-se que Wagner, à época governador da Bahia, tinha indicado Rui.
Nesta sexta ainda os atores do Muda Pra Valer buscam alternativas para apresentar no seminário que acontece no sábado (18) em Salvador.
A atual direção do PT baiano tende a apresentar, novamente, o nome de Everaldo. Jaques Wagner chegou a sugerir um perfil específico para dirigir o partido nos próximos anos, contudo, os nomes apresentados foram retirados devido a falta de unidade.
O PT tem um desafio interessante na próxima eleição, em 2018. Trabalha para reeleger Rui Costa em um cenário complicado no qual o prefeito de Salvador ACM Neto representa a “novidade” e está com a curva ascendente enquanto o PT ocupa o lugar daquele que já se “desgastou” após sucessivas gestões e busca segurar uma tendência de queda.
Tanto é que dentro partido existem quadros, nacionais e estaduais, que defendem uma candidatura a deputado federal de Jaques Wagner. Em 2014 foram nove deputados federais eleitos pelo partido, mas as contas dos que têm mandato e dos que querem chegar à Casa Baixa do Congresso Nacional, não apontam para a manutenção do número de cadeiras. Wagner seria um “puxador” de votos.
Até o momento, se tudo caminhar como está, o ex-governador ocupará uma das vagas na chapa para o Senado. Mas a política é nuvem e muita água ainda vai passar por debaixo da ponte e pelas mesas da Justiça Federal.
Publicado originalmente em 17/02 às 12h38
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