Política

Roberto Jefferson morde e assobra Dilma Rousseff

Imagem Roberto Jefferson morde e assobra Dilma Rousseff
O ex-deputado, envolvido no esquema do mensalão, elogiou a postura da presidente no caso dos Transportes  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 26/07/2011, às 19h35   Redação Bocão News



O ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, disparou sua metralhadora giratória, novamente, para o governo federal. Em seu blog, o “comentarista” político analisa a crise nos transporte e afirma que a denúncia da revista Veja, antes duramente criticada pelos petistas, pode ter favorecido a presidente Dilma Rousseff.

Para Jefferson, diferente de Lula, a presidente não alisou cabeças e foi para cima. O petebista diz ainda que acha pouco provável que o partido antes “dono” da pasta milionário dos transportes saia da base do governo, mesmo sofrendo todas as retalhações.

Em um momento raro, Jefferson chega a elogiar a postura de Dilma. Afirma que a presidente tem sido uma hábil negociante e que demonstra através de sua postura que visa “dividir para conquistar”.

Confira as últimas postagens do ex-parlamentar envolvido no escândalo do mensalão.

Depois de dançar com a vassoura, Dilma resolveu acabar com a brincadeira do PR nos Transportes, levando a bola, da qual é dona. Anunciou que adotará novo critério pra contratações no ex-reino do PR: em vez de critérios políticos, o governo vai lançar mão da Ficha Limpa, levando à pasta só quem não tiver condenação na Justiça. As indicações também terão de passar por seu crivo pessoal. O PR, daí, estaria definitivamente fora dos Transportes. Quais outras pastas são consideradas estratégicas por Dilma? Que outros Valdemares perderão seu reino?

Nos oito anos de pragmatismo mesquinho do governo Lula seria impossível imaginar que um aliado fosse alvo de tão grande golpe como é agora o PR. O temor era perder os 40 votos que o partido tem na Câmara; a tática era a do afago. Mas Dilma não é Lula e pode sair-se como melhor negociadora política. Planeja adotar uma velha tática de guerra: dividir para conquistar. O alvo do governo não é o PR em si, mas Valdemar da Costa Neto. Por isso, já chegam os jornais recados de que Dilma procurará novas formas de negociar e dialogar com o partido. O senador Blairo Maggi, padrinho de Pagot, conquistou pontos na crise. O também senador Clésio Andrade vai pela mesma estrada. E ninguém acredita que, unido ou dividido, o PR largue de verdade a saia da presidente.

É... já dá para dizer, pelo menos, que a crise nos Transportes, iniciada por matéria da revista "Veja", foi no mínimo providencial para Dilma. Com uma só tacada, ela retomou território no governo, conquistando um importante e rico ministério, e ainda devolveu ao ostracismo Valdemar da Costa Neto, que antes, e graças a Palocci, andava de novo pelo Planalto. E a revista que sonha em derrubar a República pode acabar recebendo um bilhetinho de agradecimento de Dilma.

A presidente Dilma não é a única a colocar a mão na massa e providenciar uma faxina, também o Tribunal de Contas da União quer fazer a dança da vassoura e seu alvo é o Congresso. De acordo com o "Estadão", o TCU elaborou relatório sigiloso defendendo o fim de negócios envolvendo empresas de parlamentares com o poder público federal. Baseia-se no Artigo 54 da Constituição, que veta tais contratos.

Como sói acontecer, o relatório, apesar de sigiloso (e sabe-se lá porque é sigiloso), vazou e trouxe uma notícia suculenta para os jornais: a Procuradoria da Fazenda Nacional, em São Paulo, aluga o prédio de sua sede de uma empresa do deputado Paulo Maluf (PP-SP). A lista não começa nem termina em Maluf, havendo uma série de irregularidades na contratação pública, que ainda não vazaram, com o TCU aconselhando, em sua decisão, que a Justiça Eleitoral aperfeiçoe a fiscalização do cumprimento da Constituição quando da diplomação de parlamentares.

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