Política

Trindade quer que MP enquadre Kannário em crimes que podem levar à prisão

Publicado em 04/03/2017, às 10h21   Alexandre Galvão



Em representação enviada ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), o corregedor e líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), José Trindade (PSL), sugere que o parquet enquadre o vereador-cantor Igor Kannário em crimes que podem leva-lo à prisão. 
Em show na Liberdade, durante o Carnaval de Salvador, Kannário afirmou que “o crime organizado tá lá dentro”, em referência à CMS.
“Indiscutivelmente, ante tal conduta intencional do Representado de ofender os vereadores da Câmara Municipal de Salvador e denegrir sua imagem, imputando-lhe falsos fatos e acusações, foi lesado o seu patrimônio moral, restando incurso assim o representado em todos os elementos dos tipos penais contra a honra, previstos nos art. 138 (calúnia), 139 (difamação) e 140 (injúria), do Código Penal, nos termos, ainda, a seguir devidamente fundamentados”, diz a peça, segundo o Bahia.ba. 
Ainda segundo Trindade, o vereador deu “declarações que ferem a honra e a imagem dos integrantes da Câmara Municipal de Salvador”, em uma “tentativa espúria de macular a honra dos componentes da Câmara Municipal de Salvador”. 
“Em síntese, o representado acusou perante todos os presentes no Carnaval de Salvador, durante seu show, que os vereadores da Câmara Municipal de Salvador estariam agindo em associação de agentes, com caráter estável e duradouro para praticar crimes, sendo estes agentes organizados de forma hierárquica e com divisão de tarefas, sempre visando um objetivo comum de alcançar qualquer vantagem ilícita”, descreve. 
A peça pede ainda que “sejam realizadas para a persecução firme dos ilícitos indicados, todas as medidas e procedimentos cabíveis no âmbito civil e administrativo, estabelecendo inquérito civil para apuração e investigação pertinentes”.
Em entrevista ao Bocão News, Trindade afirmou que esta é a chance do vereador “provar” as suas declarações. “Se ele tiver como sustentar o que disse, vamos apurar tudo. Se não, pode ser enquadrado nos crimes que cito na peça”, lembrou. 
José Trindade disse ainda que na segunda-feira (6), quando a Casa retoma os trabalhos, outros vereadores devem pedir a abertura de um processo no Conselho de Ética – comandado por Edvaldo Brito (PSD). 
“Dentro da Casa vai se pedir a instalação da comissão de ética que vai avaliar a situação e, se for uma coisa mais grave, o plenário o que vai fazer. Ou punição verbal, ou arquivamento ou cassação”, afirmou, ao listar as possibilidades. 
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Publicada originalmente em 03/03 às 14h21

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