Política

MP quer que Instituto fundado por Patrícia Nuno não faça discriminação de gênero

Publicado em 03/03/2017, às 15h41   Alexandre Galvão



O Ministério Público da Bahia (MP-BA) emitiu recomendação para que o Instituto Baiano da Paz (INBPA) se abstenha da prática de discriminação de gênero e passe a contratar também estagiários do sexo masculino para integrar a sua equipe de serviço social. A recomendação da promotora de Justiça Lívia Vaz se dirige especialmente aos funcionários com poder de decisão na empresa e recomenda que eles “suprimam o hábito de contratar apenas mulheres para trabalhar no instituto”. O MP pede ainda que de três em três meses a empresa comprove ao MP a adesão de estagiários do sexo masculino.
No Facebook, o Instituto diz ter sido fundado pela delegada e ex-candidata a vereadora de Salvador Patrícia Nuno. Em sua rede social, Nuno compartilha constantemente ações do instituto. Em contato com a redação do Bocão News, prepostos do INBPA negaram que Nuno seja fundado pela delegada. 
Sobre a notificação, o INBPA afirmou que “preza por equidade de gêneros, credo e raça desprezando qualquer tipo de exclusão e preconceito. Apesar de que no presente momento não há nenhum funcionário do sexo masculino no setor de serviço social há em outras áreas de atuação do instituto”. 
“Informamos que a recomendação do Ministério Público será acatada, levando em consideração que o concorrente a vaga se mostre devidamente qualificado e capacitado para as funções laborais desenvolvidas pelo instituto pertinentes ao cargo”, completa.
A recomendação levou em consideração os fatos noticiados que apontam suposta prática de discriminação de gênero na seleção de estagiários do curso de serviço social no instituto. De acordo com a promotora de Justiça Lívia Vaz, após tomar conhecimento da recomendação, o instituto negou a prática de discriminação de gênero, entretanto “nunca possuiu homens no seu quadro de funcionários senão o seu coordenador”. Lívia Vaz acrescentou que a liberdade de contratação de pessoal pelo instituto observa limites, “não havendo razão para serem impedidos de ingressar no programa de estágio estudantes do sexo masculino”.
Leia aqui a nota completa do Instituto:
Criado há oito anos pelo seu fundador Jupiraci Borges que como ex-morador de rua quis tornar o mundo um pouco melhor para crianças, adolescentes e idosos em situação de risco, o instituto tem seu trabalho voltado para o social, oferecendo cursos, alimentação e outras atividades através do seu centro de convivência.
O Instituto Baiano da Paz preza por equidade de gêneros, credo e raça desprezando qualquer tipo de exclusão e preconceito. Apesar de que no presente momento não há nenhum funcionário do sexo masculino no setor de serviço social há em outras áreas de atuação do instituto.
Informamos que a recomendação do Ministério Público será acatada, levando em consideração que o concorrente a vaga se mostre devidamente qualificado e capacitado para as funções laborais desenvolvidas pelo instituto pertinentes ao cargo.

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