Política

Melhor forma não é terrorismo, é o diálogo, diz Lúcio sobre propaganda do PMDB

Publicado em 05/03/2017, às 12h13   Tamirys Machado


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A propaganda do PMDB, partido do presidente da República Michel Temer,  que condiciona  a existência de programas sociais, como Fies e Bolsa Família, à aprovação da reforma da Previdência em tramitação no Congresso, gerou polêmica entre oposição e até mesmo situação. 
Procurado pela reportagem do Bocão News, o presidente da sigla em Salvador, deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) demonstrou que não concorda com a propaganda, mas acha importante “na medida em que chama atenção para o debate” do tema.
“A propaganda é uma tentativa de chamar a atenção para a importância do tema no futuro do Brasil. A melhor forma não é fazer esse terrorismo, a melhor forma é o diálogo, o convencimento, mas foi a maneira que a direção partidária encontrou para chamar a atenção do que pode ocorrer no futuro. Sob esse aspecto é valida (a propaganda)”, opinou o deputado. 
O parlamentar baiano garantiu que não participou dessa propaganda. “Nem eu nem outros deputados, foi a direção do partido”. Vieira Lima diz ainda que a ideia é que “a oposição não fique no discurso vazio dizendo que está retirando direitos dos trabalhadores”. “Se você continuar a previdência dessa forma, em 2024 não terá mais recurso para investimento. Terá apenas para pagamento da folha de pessoal, dos inativos, saúde e educação”, explicou.
Sobre as críticas da oposição, como a do deputado federal Afonso Florence (PT-BA), que classificou a campanha publicitária como “chantagem e mentira” ele discordou.  “Deputado da oposição se fosse elogiar é que seria estranho. Chantagem e mentira é o que o Governo do Estado [da Bahia] faz direto na Assembleia Legislativa quando manda projeto para tomar empréstimos e diz que se não aprovar o governo vai parar. Não pode ser dois pesos e duas medidas. Quando é do governo a propaganda é legítima, o contrário é chantagem e pressão”, ironizou.  
O deputado reiterou que vê “como positiva a propaganda no sentido de forçar o debate”, porém, pontuou também que “todos os projetos têm que ser debatidos e aprimorados. Nem governo nem oposição é dono da verdade, a verdade surgirá do debate, de audiência pública, etc”. 
Na próxima quarta-feira, 8 de março terá uma reunião da executiva estadual do PMDB. Entre os temas será debatido: fundo partidário para eleição de 2018, propagandas publicitárias e questões internas da sigla. 
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Publicada originalmente em 04/03 às 17h13

Classificação Indicativa: Livre

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