Política

Deputadas defendem políticas públicas para garantir equidade de gênero

Publicado em 08/03/2017, às 11h29   Guilherme Reis


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Presidente da Comissão de Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a deputada estadual Luiza Maia (PT) acredita que o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8), deve servir para lembrar dos avanços alcançados ao longo da história, apesar de ainda haver uma série de outras conquistas a serem buscadas. “Se formos olhar a vida da mulher 80 anos atrás, as coisas melhoraram muito. Somos representadas em vários espaços. Antes do impeachment, estávamos na briga pela paridade na política, e já conquistamos isso no PT, que é composto metade homem e metade mulher, pela questão da reserva de vagas”, disse em conversa com o Bocão News.

Na avaliação da parlamentar, a ascensão do governo Michel Temer trouxe retrocessos para a causa e ainda ameaça a consolidação de políticas públicas no setor. “O retrocesso acabou com o Ministério da Mulher, acabou com os avanços do governo Dilma. Com a reforma trabalhista e da Previdência as mulheres estão sofrendo retirada de direitos. Queremos avançar, dar um salto de qualidade. Infelizmente, os golpistas são machistas e racistas, e as mulheres negras sofrem mais que as outras”, acrescentou.

Para a deputada Fabíola Mansur (PSB), a despeito dos progressos, os índices de violência contra a mulher são assustadores e devem estar no foco da luta. “Temos que lembrar que devemos estar irmanadas pela fraternidade entre as mulheres, e também entre os homens, pois a luta também é deles. Na AL-BA fizemos uma campanha com a gravata rosa para lembrar isso. Devemos buscar a cultura da paz e na qual não haja submissão da mulher ao homem, e estimular uma escola solidária entre os gêneros”, prosseguiu.

Assim como Luiza Maia, Fabíola ressaltou sua posição contrária à reforma da Previdência, uma vez que igualar a idade mínima reforça a desigualdade entre homens e mulheres. “A mulher é a cuidadora da família, muitas vezes trabalha até sete horas a mais. Não dá para equiparar, é um retrocesso nos direitos. Isso não é igualdade, precisamos entender o conceito de equidade. Além disso, a contribuição de 49 anos para ter 100% de aposentadoria é inviável, porque a mulher entra mais tarde no mercado de trabalho”, completou.

Nesta manhã, a bancada feminina na AL-BA teve um encontro com o governador Rui Costa (PT), de quem cobraram a criação de um fundo estadual de enfrentamento à violência contra a mulher. “Hoje também vamos pedir ao presidente Angelo Coronel para priorizar projetos de interesse coletivo das mulheres”, informou a deputada.

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