Política

Bahia deixa de construir passarela e perde R$ 14 milhões

Publicado em 16/03/2017, às 11h58   Luiz Fernando Lima


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Em meio a uma dura crise financeira o governo estadual da Bahia acaba de perder R$ 14.551.875 que seriam investidos pelo Ministério do Turismo na construção de uma passarela ligando o Parque de Pituaçu à Orla. O convênio assinado em 31 de dezembro de 2014 pelo então governador Jaques Wagner (PT) foi cancelado por descumprimento da cláusula suspensiva, ou seja, porque o Estado não iniciou a construção.

A obra orçada em R$ 14.851.875 teria uma contrapartida do governo estadual de R$ 300 mil. Quando oficializado o convênio com Ministério Turismo, o governo afirmou que “a Construção da Passarela de Pedestres será um importante elemento de interação entre o Parque Metropolitano de Pituaçu, repleto de verde, com as belezas naturais contrastantes da faixa litorânea formada por praias, dunas e restingas... Atualmente (em 2014) o Parque está passando por obras de Requalificação que o tornará um dos mais significativos atrativos turísticos para Salvador”.

Na justificativa apresentada ainda constava que a “Orla Atlântica possui um grande fluxo turístico, tanto doméstico quanto internacional durante a alta estação. Durante o dia, predominam as suas belezas naturais e contemplativas, e à noite com seus bares, restaurantes e boates. Este representa o novo vetor de crescimento de Salvador, sobretudo entre os bairros de Jardim Armação e Itapuã. As perspectivas de melhorias da infraestrutura, obras de mobilidade e a oferta de terrenos já estão criando um novo momento na região, com o lançamento de diversos empreendimentos imobiliários. A sua construção criará uma acessibilidade maximizada, ampliando a visibilidade, integrando e fazendo com que haja uma extensão do conteúdo botânico do parque por cima da passarela até a área entre a praia e as pistas, espraiando nesta faixa de tal forma que quem passe pela pista ou pela praia tenha contato imediato com a natureza do parque, exposto sem cercas, totalmente integrado à paisagem local, tornando-se um novo ponto turístico”.

Ao final da nota ainda o governo ainda arrematava: a passarela é um elemento que tem funcionalidade específica, mas que está dentro de um contexto de modernização e requalificação da orla como um todo. Esta intervenção proporcionará um ambiente mais agradável e mais acessível aos soteropolitanos e turistas, tornando-se um referencial e um programa obrigatório para quem visita a região.

Dito isso, no dia 6 de março houve o cancelamento do convênio. As obras de requalificação do Parque de Pituaçu tampouco foram feitas de modo a atender os anseios da população e as críticas ao equipamento são constantes. Quanto ao investimento de mais de R$ 14 milhões, a Bahia perdeu e o dinheiro voltou para os cofres da União.

A reportagem do Bocão News procurou o governo, que ainda não respondeu.

Publicada originalmente em 15/03 às 18h58

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