Política

Presidenciáveis do PT municipal divergem sobre expulsões de Moisés e Suíca

Publicado em 17/03/2017, às 11h34   Eliezer Santos


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Postulantes à cadeira de presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) em Salvador, Dani Ferreira (Esquerda Popular Socialista - EPS), Gilmar Santiago (Democracia e Sociedade – DS) e Paulo Mota (ex-EPS) travam divergências sobre o futuro dos vereadores Moisés Rocha e Luiz Carlos Suíca, que tiveram processo de expulsão da sigla iniciado no diretório municipal por desobedecerem orientação da sigla na votação à presidência da Câmara de Salvador.

Os vereadores deram votos ao candidato do base do prefeito ACM Neto, Léo Prates (DEM), em detrimento à candidatura da colega Marta Rodrigues. Ele alegam que não foram oficialmente notificados da candidatura própria do PT e recorreram da decisão de expulsão no diretório baiano. “A decisão da candidatura de Marta foi em 29 de dezembro [a eleição foi 1º de janeiro]. Ninguém recebeu uma ligação sequer”, disse Moisés em participação no debate entre os candidatos no programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (16).

“Para nós foi doloroso. Foram quatro anos com comportamentos diferentes das orientações do partido, faltaram reuniões, fugiram dos debates. Foram advertidos quando votaram com o PDDU do prefeito, foi um conjunto de coisas. Não pode ter um parlamentar se sentindo dono do mandato, ninguém se elege sozinho, não dá para fazer carreira solo”, descreveu Paulo Mota.

Já Dani Ferreira, que afirma ter o apoio de Moisés e Suíca, ponderou que o processo foi conduzido sem a garantia do direito de defesa e debate interno. “A expulsão sumária como ocorreu foi equivocada. Ainda não foram expulsos, eles apresentaram recursos no diretório estadual. Não dá para fazer expulsão sumária de filiados com longa trajetória sem debater com a sua base”.

Apesar de ter sido favorável à expulsão na esfera municipal, Gilmar Santiago abriu a possibilidade de remissão do correligionários, desde que haja retratação. “É só dizer erramos. Pela história, os vereadores tem como fazer uma auto crítica. A gente não pode passar a mão na cabeça para lá na frente ser surpreendido novamente. No plano estadual eles tem que mudar o comportamento. Nunca vi vereador votar a favor de aumento de IPTU. Não foi só votar em candidato do DEM [Léo Prates]”.

Paulo Mota insistiu em dizer que o comportamento parlamentar dos edis destoa das expectativas do PT. “Desafio ele [Moisés Rocha] e Suíca a subirem na tribuna para bater em ACM Neto. Eles parecem que são oposição ao governo do estado”. Em resposta, Moisés negou ocupar a tribuna para “falar por falar”. “Faço críticas equilibradas e contundentes”, declarou, ao defender que a expulsão municipal está suspensa desde apresentou recurso no diretório estadual.

Gilmar acrescentou também as condições para ter Moisés e Suíca de volta no fronte petista. “Antigamente tínhamos sete vereadores, mas quando chegava na votação só tínhamos três. Se os vereadores forem fazer oposição a Neto tudo bem, se não, do que adianta três vereadores, se só Marta faz oposição?”, indagou.

Publicada originalmente em 16/03 às 19h34

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