Trabalhadores rurais da comunidade de Porteira de Santa Cruz, de Serra Dourada, no Oeste da Bahia, denunciaram que estão sofrendo ameaças de mortes e perseguições em virtude do conflito agrário com grileiros na região. A denúncia foi feita nesta quinta-feira (16) ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado Marcelino Galo (PT).
Os camponeses, que reivindicam a regularização de seu Território de Fecho de Pasto aonde vivem perto de 150 famílias, também denunciaram o que consideram “prisão arbitrária” de cinco trabalhadores do campo na terça-feira, 7 de março, feita por policiais militares, “a pedido de grileiros”.
O deputado garantiu apoio do colegiado aos trabalhadores e prometeu buscar esclarecimentos da Secretaria de Segurança Pública e da Casa Militar sobre as denúncias. “É preciso esclarecer urgentemente esse caso, assegurar a integridade das famílias dessa comunidade e imediata execução do Estado da ação discriminatória para separar as terras públicas e verificar a veracidade dos alegados documentos dos ditos proprietários. É inadmissível a criminalização de comunidades rurais e de movimentos sociais”, afirmou Marcelino Galo, ex-superintendente do INCRA na Bahia.
Os trabalhadores passaram o dia em Salvador para apresentar denuncias também a Casa Militar, ao Tribunal de Justiça, a Secretaria de Desenvolvimento Rural e a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.