Política

Odebrecht diz que deu R$ 3 mi a membro de fundo do FGTS

Publicado em 07/04/2017, às 06h39   Redação Bocão News


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O ex-presidente da Odebrecht Energia, Henrique Valladares, disse, em seu acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, que a empresa pagou, em 2009, R$ 3 milhões a André Luiz de Souza, que na ocasião era conselheiro do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), de acordo com a Folha.
Segundo a reportagem, o ex-presidente disse que o pagamento foi justificado como se fosse uma "consultoria" vinculada a uma demanda referente à usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
Após o suposto pagamento para o conselheiro, o Fundo de Investimento do FGTS adquiriu R$ 1,5 bilhão em debêntures emitidas pela Madeira Energia S.A., consórcio para a construção e exploração da hidrelétrica que tem a Odebrecht Energia como sócia. Debêntures são papéis de dívida privada que rendem juros aos investidores.
A negociação para o repasse dos R$ 3 milhões, segundo o delator, foi feita entre André de Souza e Rogério Ibrahim, então diretor responsável pela estruturação financeira da construção da usina de Santo Antônio.
Após o acerto entre as partes, a ordem para o pagamento teria sido enviada para o setor de operações estruturadas da Odebrecht, classificada pelos investigadores como "departamento de propina" da empreiteira. Souza recebeu sua comissão em dinheiro vivo, segundo o relato.

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