Política

Wagner chama de “mirabolante” suposta entrega de propina na casa de sua mãe

Publicado em 14/04/2017, às 06h58   Redação Bocão News



O ex-governador Jaques Wagner – atual secretário de Desenvolvimento da Bahia – classificou como “mirabolante” a suposta entrega de propina feita pela Odebrecht na casa da mãe dele. De acordo com Wagner, Hilberto Silva tenta “reduzir sua pena”. 
“O secretário de Desenvolvimento Econômico Jaques Wagner repudiou as falsas acusações feitas por Hilberto Silva, veiculadas hoje pela imprensa: "Jamais estive com essa pessoa. O que posso dizer sobre esse criminoso confesso - que desesperadamente procura um meio para tentar reduzir sua pena, nem que para isso tenha de envolver uma senhora de 93 anos - é que  suas fantasias mirabolantes não prosperarão, simplesmente porque não encontram respaldo na realidade", diz o texto.
Em delação, Silva afirmou que deu parte de uma propina para Wagner na casa da mãe do ex-ministro, no Rio de Janeiro. 
“Foi autorizado o pagamento de R$ 1 milhão. Esse valor não era possível ser pago em Salvador, pois nao existia quem tivesse essa moeda disponivel nesse nível em Salvador. Os doleiros de Salvador não têm volume que atinja isso. Pedi que pagasse no Rio ou SP, pois existia essa disponibilidade. Foi pago 50% no Rio de Janeiro, na casa da mãe dele. Foi pago R$ 500 mil lá", contou o delator.
Após a primeira parte, Wagner teria decidido que não queria mais a casa da mãe como ponto de recebimento do dinheiro. "O segundo pagamento ele pediu de qualquer forma, nem que demorasse, que fosse pago em Salvador. Teve algum problema lá com a mãe dele, que ele não quis mais que fosse pago lá. Ele pediu, fizemos um esforço grande e conseguimos pagar em Salvador através de um preposto dele de nome Carlos Daltro, que por acaso é uma pessoa que conheço. Daí o motivo de eu saber. E sei que Carlos Daltro tem uma relação de amizade com o governador", disse.
Apesar de afirmar não saber informar o motivo do pagamento, o ex-executivo tentou fazer uma dedução. "Com certeza (foi) algum pedido que havia sido atendido pelo governador sobre alguma coisa na Bahia. Ele era o governador da Bahia. Eu nunca sabia. Meu papel era pagar. Eu nunca me envolvi com negociações de valores nem com os porquês", relatou Silva.
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Publicada originalmente dia 13

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