Política

Lúcio recebeu caixa 2 após ameaçar travar MP, diz Claudio Melo Filho

Publicado em 14/04/2017, às 13h24   Alexandre Galvão


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Ex-executivo da Odebrecht, Claudio Melo Filho detalhou em delação premiada o processo que culminou no suposto pagamento de caixa 2 no valor de R$ 1 milhão ao deputado baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB). 
De acordo com Melo Filho, Lúcio Vieira Lima era o presidente da Comissão na Câmara que analisa a Medida Provisório do Regime Especial da Indústria Química. O tema tinha impacto em interesses da Odebrecht e, por isso, a empresa passou a acompanhar os passos da MP. 
Próximo ao período de votação da MP, Lúcio teria afirmado em um café da manhã que a “MP não estava madura”. A afirmação acendeu a luz amarela em executivos da Braskem – empresa do holding da Odebrecht. 
Como Claudio Melo Filho e baiano, prepostos da Braskem o procuraram para intermediar um encontro com o peemedebista. 
“Fomos e o deputado nos recebeu numa reunião, na liderança do PMDB e, em tom de brincadeira, ele disse que iria resolver e pediu "ajuda” para a campanha que viriam mas eu entendi isso aí”, relata Melo. 
De acordo com o ex-executivo, o valor de R$ 1 milhão foi destinado a Lúcio pelo setor de Operações Estruturadas pelo fato do parlamentar poder, de fato, atrasar a votação da MP. 
“Se vai um deputado, que é presidente da comissão, no dia da votação, ele fala que não está maduro, certamente algo ele pode fazer para interromper o processo. A gente não pode afirmar, mas o bom senso pede precaução. Foi uma ameaça implícita”, analisou. 
STF – Lúcio aparece na lista de inquéritos abertos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. 
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Publicada originalmente dia 13 às 16h

Classificação Indicativa: Livre

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