Política

Grupo aponta desvios em 400 ações trabalhistas no Sinposba

Publicado em 18/04/2017, às 12h40   Redação Bocão News


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Um grupo contrário à atual direção do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis (Sinposba) acusa os gestores da categoria de organizarem um esquema para extorquir os donos de postos de combustíveis e se apropriarem de créditos indevidos dos empregados em 400 ações trabalhistas de cumprimento da convenção coletiva.

Segundo ex-presidente e diretor tesoureiro do sindicato, Antônio Manoel Ferreira, o escritório de advocacia Washington de Oliveira Luz contratado pelo Sinposba cobra de 37% a 67% de honorários sobre o valor recebido nas ações laborais e os reclamantes recebem valores menores do que têm direito. Além do percentual, considerado ‘exorbitante’ segundo o estatuto da classe, a assessoria jurídica deve ser prestada gratuitamente aos associados. Ele diz ainda que é indevido o desconto a título de honorários advocatícios ou qualquer desconto nas ações trabalhistas em favor dos associados.

O grupo dissidente é composto também pelo secretário de gênero e raça, Adriano Souza Nascimento, e o suplente da executiva, Jean Carlos Alves Peleteiro.

A reportagem fez contato com a assessoria do Sinposba, que enviará nota sobre o caso.

A entidade é dirigida atualmente pelo presidente Antônio José dos Santos, pelo secretário-geral Manoel Carlos Pereira e o secretário jurídico Lázaro Ribeiro de Souza.

Antônio Ferreira diz que impetrou uma ação na Comissão de Processo Ético e Administrativo Disciplinar da Ordem da OAB Bahia, requerendo instauração de sindicância e processo administrativo ético-disciplinar contra o advogado Washington de Oliveira Luz e sugeriu que a comissão demande junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região e ao advogado documentos informando números de processo, alvarás judiciais, extratos de valores retidos na fonte, extratos de valores depositados nas contas bancárias do Sinposba e dos trabalhadores reclamantes com o objetivo de apurar as ilegalidades.

Ele diz ainda que há processos para apurar as irregularidades do Sinposba no Ministério Público do Trabalho (MPT), na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde há um pedido de anulação de ações trabalhistas.

O grupo dissidente aponta outra queixa em relação a um “empréstimo fictício de R$ 100 mil, realizado pela esposa do atual presidente, Antônio dos Santos, com juros de 12%/mês”. 

“Há também uma verba de representação de R$ 30 mil para o presidente, enquanto um frentista recebe R$ 1.600”, diz a nota recebida pelo Bocão News.

Publicada originalmente em 17/04 às 19h40

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