Política

CUT comemora 1º de maio e anuncia possível greve geral de dois dias

Publicado em 01/05/2017, às 17h48   Chayenne Guerreiro


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O dia do trabalho, comemorado nesse domingo (1) teve um gosto especial para o trabalhador soteropolitano. Depois do dia de greve geral realizado nessa sexta-feira (28), população se reuniu no Farol da Barra junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais, para reforçar o pedido de melhorias para as categorias e o bloqueio das propostas de reforma trabalhista e previdenciária, no Senado e na Câmara, respectivamente.

De acordo com o presidente da CUT, Cedro Silva, o primeiro de maio se tornou uma extensão da greve geral.  "Hoje comemoramos o primeiro de maio do trabalhador que não deixa de ser uma continuidade da greve geral do dia 28. A gente consegue ver que a classe trabalhadora está mais consciente que essa cidade e esse país tem que mudar, através da baixa de juros, da geração de emprego e pelo respeito e valorização profissional. A partir da greve, nós estamos nas ruas e não vamos sair até o país parar para discutir o desenvolvimento que a gente vai querer daqui para frente. Uma das nossas principais lutas é a eleição direta presidencial ainda esse ano. Queremos reconhecer a legalidade do governo com a volta da democracia no país", declarou.

Ainda segundo Cedro, as centrais sindicais já estão organizando outros dias de mobilização, inclusive, com a previsão de uma nova greve geral, dessa vez com a duração de dois dias. "Vamos ter mobilização nos próximos 15 dias e se o governo não quiser escutar o nosso pedido de parar com as reformas da previdência e trabalhista vamos organizar uma nova greve geral, dessa vez de dois dias", contou.

A deputada Alice Portugal (PCdoB), presente no evento, reafirmou a importância da celebração do dia do trabalhador. "O primeiro de maio é uma data que apesar de a grande mobilização que fizemos na sexta-feira (28), não podia passar em branco. É um dia comemorado mundialmente. É o dia daqueles que produzem a riqueza e em geral pouco tem. Os tempos mudam, a forma de acumular riquezas muda, mas a forma de explorar não. Eu venho desde garota e nesse momento tem um colorido especial. Um momento com um governo não eleito e que representa grande risco aos direitos trabalhistas. É algo que é preciso discutir. As reformas significam enfraquecer apenas um lado. O presidente Temer quer fazer chacota com a cara do povo, quando ele diz que a reforma vai melhorar a vida do trabalhador", disse.

O 1º de maio em Salvador foi comemorado pelas Centrais Sindicais, no Farol da Barra, e teve shows de Adelmário Coelho, um micro trio e Banda da Lua.

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