Política

Oposição quer CPI para investigar intervenção da Odebrecht na gestão de Wagner

Publicado em 10/05/2017, às 19h09   Tamirys Machado


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Os deputados de oposição da Assembleia Legislativa da Bahia acionaram nesta quarta-feira (10) a assessoria jurídica para dar entrada em uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o governo do ex-governador Jaques Wagner.  O ex-governador da Bahia e secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, revelou nesta segunda-feira (8) em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da Itapoan FM, que a Odebrecht tentou corromper uma pessoa da sua administração para garantir que ganharia o processo de licitação para a construção da Via Expressa. 
Na visão do deputado Targino machado o “fato é grave” e há a necessidade de esclarecimentos. “Reunimos os 21 deputados e a assessoria jurídica para preparar o requerimento da CPI para investigar. O fato é grave. O objeto da CPI quem define é 1/3 da Casa”, disse em entrevista ao BNews. 
Conforme o deputado, a Casa só pode instaurar até 5 CPI’s. “Precisamos correr para não criar 5 de faz de conta e impossibilitar a nossa”. Ainda conforme Targino, "Wagner contaminou governo Rui Costa com entrevista”. "Além de prevaricar, já que o então governador não tomou nenhuma atitude diante da própria revelação, ele também colocou sob suspeição o sucessor Rui Costa, já que não deixou claro se essa pessoa, cujo nome não quer esconder a todo custo, continua ou não no governo, que é de continuidade", salientou o democrata. 
Targino Machado lembrou que Rui Costa era o "homem forte do governo Wagner", e sabia de tudo que ocorria, além de ter aceitado indicações do antecessor para a composição dos quadros da atual gestão. "Será que Rui Costa também vai proteger esse cidadão que recebeu propina da construtora? Não é à toa que essa turma do PT baiano está mergulhada até a alma na Lava Jato. Não é à toa que Wagner é secretário apenas para garantir foro privilegiado diante da Lava Jato", frisou. 
O deputado quer que Wagner compareça à Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre a entrevista, que já repercutiu nacionalmente. 
Já o deputado Rosemberg Pinto, líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia afirmou ao Bnews que não existe fato que possa gerar a abertura de uma CPI. “Não existe matéria que possa gerar CPI para um ex-governador. Não tem respaldo regimental”. 
Sobre a acusação de Wagner ter colocado o governo de Rui Costa em suspeição, Rosemberg rebateu. “De jeito algum. O governo de Rui Costa iniciou em 2014. Os secretários são outros.  Quem cuidado disso [ da obra citada na matéria] não era o chefe da Casa Civil, quem cuidou foi outra área. Não tem nada que vincule. Na entrevista ele [Jaques Wagner] apenas diz que não permitiu que a obra da Via Expressa fosse dirigida para qualquer empresa. Foi licitada. O resto é especulação da oposição, querem criar fato político”, afirmou o petista.  
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