Política

‘Meu principal objetivo é combater o desemprego’, diz Temer

Publicado em 14/05/2017, às 09h09   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente Michel Temer condiciona o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação.
Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma ou outra não definirá o sucesso do mandato. “Todo o nosso trabalho é nessa direção, com vistas a gerar emprego. A própria reforma trabalhista. Muitas vezes dizem que a reforma vai acabar com direitos do trabalhador, vai extinguir o trabalho. Ao contrário! O que queremos é estimular o emprego. Meu principal objetivo é combater o desemprego. Se você não conseguir combater o desemprego, aí sim pode dizer que o governo não deu certo. Não por causa da Previdência. O governo não dará certo se não começar a reduzir o desemprego. Nas projeções da área econômica e da área trabalhista, isso vai começar a acontecer no quarto trimestre deste ano”, disse ao Estadão.
Ainda na oportunidade, poucas horas depois de reunir em cerimônia televisionada todo o seu Ministério para balanço de um ano de governo, Temer informou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre deste ano.
Temer está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso. “Tenho certeza de que será aprovada. As notícias que recebo do Congresso são muito favoráveis. O projeto original foi substancialmente modificado pelo Congresso, as pessoas até me criticam de vez em quando: “O Temer fez uma coisa e já recuou”. Essa é uma visão autoritária que nós próprios temos, nós gostamos de centralização. O presidente da República fez alguma coisa e não pode ser modificada. Não é assim que eu penso. Um segundo ponto: começamos a dizer a verdade, porque muitas inverdades foram ditas no início da campanha (pela reforma). Essas verdades estão começando a ganhar tamanho. Por isso acho que nós vamos aprovar”, afirmou.
O peemdebista disse acreditar que o PMDB fechará questão para obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma da Previdência e minimizou o impacto das críticas de um dos principais cardeais do partido e líder no Senado, Renan Calheiros (AL). “O Renan agora já está comigo.”
O presidente voltou a defender seus ministros citados nas delações da Lava Jato, mesmo com prejuízo para a imagem do governo. “Aqui tem pessoas mencionadas que são da melhor qualificação administrativa, prestam um serviço extraordinário. É um custo-benefício que compensa.”
Em relação ao seu papel na disputa presidencial em 2018, ele disse que vai depender do êxito do governo. “Sabe que eu não sei dizer! Eu não sei como estarei. Penso que o governo estará bem e terei uma dificuldade porque, no sistema atual, com muitos partidos, tenho uma base com 23, 24 partidos, é evidente que muitos lançarão candidatos. Vejam a minha dificuldade: como é que eu vou agir neste período? Não sei, preciso esperar o momento oportuno, o momento das eleições para fazer esta avaliação”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp