Política

Santana recebeu R$ 70 mi. É muito dinheiro para ter esse caixa 2, diz Cardozo

Publicado em 17/05/2017, às 08h51   Redação BNews


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Principal interlocutor da presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso negou ter repassado informações da Operação Lava-Jato à ex-presidente e disse que agora é a hora de esperar para ver a delação do ex-ministro Antonio Palocci: eu fui testemunha do Palocci. Nunca vi nenhum indicador disso. É natural que o Palocci mantivesse contato com empresários. Ele havia sido ministro da Fazenda, era ovacionado pelo mercado. Agora, a arrecadação eu sempre soube que era o José de Filippi (tesoureiro da campanha). Deixei de ter surpresas", disse ao jornal O Globo.
Ainda em entrevista, questionado sobre a acusação dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura que afirmar que a petista sabia de caixa 2 e pagamentos de campanha fora do país, ele foi direto. “É totalmente inverossímil. Eu não participei da coordenação da campanha em 2014, mas a orientação da Dilma era muito clara em petit comité: "não quero saber de discussão, na dúvida, não peguem contribuição, tudo transparente". Ela dava essa ordem não apenas por convicção, mas porque estava no bojo de um processo em que isso (caixa 2), óbvio, daria problema. João Santana recebeu R$ 70 milhões declarados por uma campanha eleitoral. É muito dinheiro para ter esse caixa 2”, declarou.
E continua: “a Odebrecht financiava várias coisas para ele, várias campanhas em vários países. Isso, pelo menos, ele fala. Parece que ele tinha uma conta corrente com a Odebrecht. Esse dinheiro era necessariamente da campanha da Dilma ou era de outras situações? Será que se ele falasse que era de outras situações, ele conseguiria uma delação premiada?”, questiona.

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