A notícia que os donos da JBS entregaram ao ministro do STF, Edson Fachin, a gravação de um diálogo do presidente Michel Temer, onde o presidente teria dado o aval para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, divulgada nesta quarta-feira (17) pelo O Globo, caiu com uma bomba no Congresso.
Aliado do governo Temer, o deputado José Carlos Aleluia (DEM), adotou um tom ameno quando foi questionado pelo BNews para repercutir a notícia. O parlamentar disse que não iria “julgar” sem saber ainda do que se trata, de fato, o conteúdo dos vídeos.
“Não é a primeira vez que sai essa notícia de gravar um ou outro, precisa saber o que está na gravação. Nada de precipitação. Não vou julgar, nem o próprio pessoal da Globo ouviu a gravação. Agora é saber, analisar, segmentar”, afirmou ao BNews. Ele afirmou que a notícia chegou enquanto estava reunido com deputados da base governista discutindo a reforma da previdência.
“Estou tranquilo quanto a isso. Vamos continuar votando a reforma. Temos que saber o que existe realmente, é noticia vazia. Tem muita semelhança com o caso do ministro da Cultura. Tem que ter tranquilidade”, disse. O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em outubro do ano passado que gravou uma conversa com Michel Temer no Palácio do Planalto, onde o presidente da República interveio em favor do então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar uma obra em Salvador.