Política
Publicado em 18/05/2017, às 12h15 Victor Pinto e Aparecido Silva
Nesta quinta-feira (18), a Câmara de Salvador sediaria uma sessão especial para entrega da medalha Thomé de Souza ao vice-prefeito Bruno Reis (PMDB). No entanto, o ato foi adiado, conforme comunicado do presidente da Casa, o vereador Leo Prates (DEM), idealizador da homenagem. O gesto ocorreu depois que foi divulgado detalhes da delação premiada do dono da JBS, Joesley Batista, que gravou o presidente Michel Temer (PMDB) dando aval para comprar silêncio de Eduardo Cunha (PMDB).
O senador Aécio Neves (PSDB) também foi gravado pedindo R$ 2 milhões em propina ao grupo JBS.
Os fatos envolvendo os aliados na esfera federal fizeram com que a sessão no Paço Municipal de Salvador fosse adiado. Zé Trindade (PSL), líder da oposição no Legislativo, fez ironias com o ato do presidente Leo Prates.
"Respeito a decisão do proponente e do homenageado Bruno Reis, mas a Câmara não pode parar por conta da política nacional", reclamou. Segundo Trindade, a Câmara de Salvador não tem nada a ver com o que está acontecendo no cenário federal.
"Será que ficaram com medo porque teríamos muitos convidados ilustres no Paço Municipal e a Polícia Federal poderia passar com o camburão e levar todo mundo? Eis a questão”, cutucou o vereador oposicionista.
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