Política

Gualberto diz que Temer está isolado no Palácio e perdeu a condição de governar

Publicado em 19/05/2017, às 10h55   Eliezer Santos


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A pressão para que o presidente Michel Temer deixe o Palácio do Planalto é cada vez mais intensa no Congresso Nacional, especialmente pelo entendimento que o peemedebista – gravado dando aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha – já perdeu a condição de estabilidade para tocar os assuntos do país.

“O palácio isola. Ele não está vendo o mundo real. Ele não tem a menor condição de governar, só não sabe ele mesmo, que está dentro do palácio”. A avaliação é do deputado federal João Gualberto (PSDB), da base do governo, e que hoje formalizou pedido de impeachment de Temer.

“A Câmara está contaminada com dinheiro da corrupção. Está cheio de deputados e senadores eleitos com dinheiro roubado, de caixa 2, etc. Tem que dar uma parada mesmo. Não é possível que, falando do que se está falando, as pessoas estejam recebendo propina. É porque não tem medo da Justiça, porque acha que não vai pagar nada. Para servir de exemplo, tem que cassar mesmo”, acrescentou.

Segundo ele, “o Brasil não pode parar”, mas as reformas trabalhista e previdenciária certamente marcharão em ritmo mais contido. “Não vai passar de 48h para a gente ter uma visão melhor do que vai acontecer”, espera.

Expulsão de Aécio Neves do PSDB

“É um assunto a se analisar. Não pode ser igual ao PT que quem é corrupto é promovido à presidência do partido. Tudo que tinha para aparecer dele a gente pensou que já tinha aparecido. Foi uma surpresa muito grande. Não tenho comparsas, tenho companheiros de partido”, declarou, ao cobrar punição rigorosa.

Segundo Gualberto, em entrevista ao programa ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (18), a licença do senador foi pedida pela bancada. “Não tinha como ele ficar. Tem que ter tempo para ele se defender”.

O regimento interno do PSDB, conforme Gualberto, estabelece eleição em 24h após vacância. “Não vão ser os cabeças brancas do PSDB que vão decidir quem será o presidente, e sim todos os deputados e a militância”, anunciou.

Publicada originalmente em 18/05 às 21h55

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