Política

Joesley afirma em depoimento a PGR que Petrobras deveria acabar

Publicado em 20/05/2017, às 08h13   Luiz Fernando Lima


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O empresário Joesley Batista, dono da JBS, deixou clara sua posição contra a Petrobras durante depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República. Ao relatar o pagamento de propina a Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, Joesley detalhou a operação de um braço na indústria de energia do grupo.

“Nós temos uma termoelétrica que é nossa, o gasoduto é nosso. Tudo que eu queria na minha vida é que a Petrobras não existisse. Eu falo sempre para Petrobras: se você não existisse na minha vida tava bom (sic). Porque eu não preciso da Petrobras, não preciso do Governo brasileiro não preciso de... (pausa) nada”.

A previsão do contrato com uma empresa bolivana de fornecimento de gás ao longo de 25 anos seria de R$ 7 bilhões. Contudo, embora a empresa do grupo tenha contrato a Petrobras também tem e no da companhia estatal há uma cláusula de prioridade. De modo que a Petrobras consumia todo o gás e, segundo Joesley, a produção na "térmo do grupo estava comprometida".

Antes deste trecho, Joesley relata uma conversa com um preposto do governo Temer na qual demonstra o potencial de lucro da indústria o que ornaria possível novos pagamentos de propinas a ambas famílias. “A planilha do Eduardo (Cunha) e Lucas acabou. Para mantermos a família do Lúcio e do Eduardo tem que fazer mais negócios, prometer mais propinas. Enfim..”

O empresário lamentou ainda a forma como são feitas as coisas sob o ponto de vista dele. “Só que infelizmente as coisas ultimamente ou a vários tempos (SIC) não funcionam se você não entrar em acordo com o político e acertar a propina e o preço para as coisas andarem”.

Publicada originalmente às 18h às 19/05/2017

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