Política

Congresso PT: Wagner desaprova gravações contra Temer com aval da PF

Publicado em 19/05/2017, às 20h21   Juliana Nobre e Victor Pinto


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O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner desaprovou a forma como a Polícia Federal autorizou as gravações da conversa entre o presidente Michel Temer e o dono da JBS, Joesley Batista. Para o ex-governador da Bahia, o “estado policialesco” montado no país não é favorável para a democracia.

Em entrevista ao BNews, durante o Congresso do PT, realizado na Faculdade de Arquitetura da Ufba, na noite desta sexta-feira (19), Wagner disse achar perigosa a forma como a PF vem conduzindo as delações e criticou a liberação dos áudios a apenas uma rede de televisão. “Eu acho perigoso. O ‘Fora Temer’ que gritamos é pela ilegitimidade no cargo, pelo estado policialesco que se montou no Brasil. Eu prefiro não me empolgar por aí. Porque o Lula está apanhando a uma porrada de tempo por causa disso. E não é porque um delator falou, foi lá grampear, gravar o presidente. Essa gravação na minha opinião, fora de qualquer padrão ilegítimo. Como é que vaza isso a apenas uma rede de televisão? Quando o jornalismo da globo está por trás, eu sempre fico com o pé atrás”.

Wagner ainda opinou sobre a cassação da chapa Dilma-Temer. Para ele, essa não é a melhor opção para a saída do presidente. “Eu sou contra a cassação no TSE porque significaria admitir que a chapa da presidenta Dilma teve motivos para ser cassada, independente do impeachment. Mas isso depende dos ministros. Mas essa hipótese eu não acalento. As duas hipóteses que sobram é a renuncia, que é algo pessoal dele, ou o processo de impeachment que levaria quatro meses para ser desenrolado”, disse.

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