Política

Caiado rasga o verbo: Joesley é um delinquente e Temer tem que renunciar

Publicado em 24/05/2017, às 07h41   Eliezer Santos e Aparecido Silva


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O senador Ronaldo Caiado, do Democratas goiano, fez disparates contra o empresário Joesley Batista e teceu duras críticas ao aliado Michel Temer (PMDB). O congressista comentou o recente caso das delações premiadas do grupo JBS. Batista gravou Temer insinuando apoio à compra do silêncio de Eduardo Cunha. 

Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, na noite desta terça-feira (23), o senador não economizou nos adjetivos ao falar de Joesley Batista. “É um delinquente, que a vida toda utilizou da propina, da negociata. Cresceu às custas da população, com dinheiro do BNDES e foi manter sua vida no exterior”, disse, ao sugerir que Joesley já se preparava para a presente ação judicial.

Segundo Caiado, os empréstimos do BNDES à JBS nos governos Dilma e Temer – conforme dados do TCU – somam R$ 523 bilhões. “Ele assaltou o BNDES. Fomos penalizados com toda conivência dos governos do PT e que continuou no governo Temer. Não é aceitável que esses delinquentes estejam aí rindo da cara dos brasileiros”.

Em relação ao presidente Temer, Caiado diz não ver outra saída a não ser a renúncia. “O presidente praticou incompatibilidade com a função. Querer apenas responsabilizar a fita...é muito contundente do que apenas a fita trouxe. Mas há também a delação, mostrando a intimidade com que ele [Joesley Batista] tinha com os governos Lula, Dilma e Temer. A renúncia seria um gesto de altivez, em vez de não trazer problemas de ordem pessoal para o país, ele preferiu a imunidade institucional”, considera.

“Em primeiro momento, disse da necessidade de renunciar. Agora, não é por isso que você vai parar as matérias que estão em tramitação. A saída de Temer aliviaria a tensão, geraria momento de maior tranquilidade. Temer não tinha essas credenciais para essas reformas tão profundas. Tinha que reduzir o volume da máquina pública”, sugere Caiado.

De acordo com o democrata, a insistência de Temer em permanecer no cargo dificulta a discussão das reformas que o país precisa. "Não é possível querer manter o país numa situação como essa. Temer comete o mesmo erro de Dilma, de tentar insistir", comparou.

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