Política

Filho de Juquinha das Neves e advogado são presos em operação da PF

Publicado em 25/05/2017, às 09h52   Redação BNews


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O Ministério Público Federal e a Polícia Federal realizam nesta quinta-feira (25) a Operação De Volta aos Trilhos, que investiga lavagem de dinheiro de propinas pagas durante a obra da Ferrovia Norte-Sul. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sendo um contra Jader Ferreira das Neves, filho do ex-presidente da Valec Juquinha das Neves, estatal responsável pela construção da via, e outro contra o advogado Leandro de Melo Ribeiro. Também devem ser cumpridos 7 mandados de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva em Goiás e Mato Grosso.
O MPF alega que Juquinha e Jader "continuaram a lavar dinheiro da propina" mesmo depois de condenados à prisão, "produzindo provas falsas no processo para ludibriar o juízo e assegurar impunidade, além de custearem parte de sua defesa técnica (advogados) com dinheiro de propina".
Neste ano, pai e filho pegaram, respectivamente, 10 e 7 anos de reclusão, por formarem quadrilha e lavarem de dinheiro nas obras de construção da Ferrovia Norte-Sul, praticados por Juquinha quando presidiu a Valec. Ambos aguardam o julgamento de seus recursos em liberdade.
Segundo o MPF, o advogado é suspeito de ser laranja de Jader e Juquinha, além de auxiliá-los na ocultação do patrimônio. O MPF informou que também foi pedida a prisão preventiva de Juquinha das Neves, mas a solicitação foi indeferida pela 11ª Vara Federal da Sessão Judiciária de Goiás, que considerou não haver, neste caso, provas suficientes de atualidade criminosa. Apesar disso, o Poder Judiciário determinou a condução coercitiva, quando a pessoa é levada a depor, contra Juquinha.
A operação De Volta aos Trilhos é um desdobramento das investigações da Lava Jato e nova etapa das operações O Recebedor e Tabela Periódica. Conforme os procuradores da República, a ação baseia-se em acordos de colaboração premiada assinados com o MPF pelos executivos das construtoras Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez, que confessaram o pagamento de propina a Juquinha das Neves.
De acordo com o MPF, a ação também é embasada em investigações da Polícia Federal que levaram à identificação e à localização de parte do patrimônio ilícito mantido oculto em nome de terceiros (laranjas).

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