Política

Não cabe por um casuísmo mudar regras eleitorais, diz Roma sobre Diretas Já

Publicado em 28/05/2017, às 18h48   Tamirys Machado


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Chefe de Gabinete da prefeitura de Salvador, João Roma (DEM), que é um dos principais aliados do prefeito ACM Neto, opinou sobre o cenário político do país e a possibilidade das Diretas Já, PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita na Câmara dos Deputados.  Ao BNews, durante o Encontro Estadual da Juventude Democratas, Roma afirmou que é “a favor do cumprimento da constituição”, ao ser indagado se concorda com eleições diretas neste momento para uma possível sucessão do presidente da República. 
“Acho muito perigoso você mexer em regras. Quando se elegeu uma chapa há três anos se elegeu uma chapa de presidente, vice-presidente e sua linha sucessória, na ausência deles. A regra está clara em nossa constituição e não cabe por um casuísmo, por um episódio qualquer que seja você querer está inventando e mudando regras eleitorais, isso é uma porta de entrada para o Brasil, em breve, se transformar na Venezuela que é uma balburdia, desordem e toda hora está mudando as regras”, disparou. 
Um dos nomes cotados para postular o cargo de deputado federal na coligação do partido, o demista criticou ainda as manifestações nas ruas. “Me preocupa que algumas vozes se levantem querendo a qualquer preço  querer mexer na constituição, isso não. Temos que lutar por isso. Acredito que devemos defender nossa democracia de forma ordeira, disciplinada. Vandalismos, destruição ao patrimônio público e apenas palavras de chavões possam transformar o país”. 
Sobre o cenário politico atual, o chefe de gabinete classificou como um “momento turbulento, onde de fato devemos buscar o máximo exercer sua cidadania. Um exemplo disso é esse evento, porta de entrada de vários novos líderes políticos dentro do Democratas. Exercer a cidadania não é cometer atos de vandalismo na rua”. 
Conforme João Roma não há articulação de Neto com Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados para uma possível sucessão à presidência do Brasil.  “O prefeito esteve em Brasília, participou de muitas reuniões, está realmente preocupado com os rumos do nosso país, mas não há uma articulação que impulsione para qualquer mudança. O cenário está conturbado, a questão que envolve a figura do presidente é algo que fica em suspense no Brasil. A postura do presidente da Câmara tem sido conservadora, evitando qualquer manifestação antecipada e possa contribuir para instabilizar o Brasil. O congresso nacional tem que ser um pilar de equilíbrio para o Brasil. Qualquer alternativa longe da lei é um desastre para o Brasil”.  
Questionado se uma eventual saída de Temer teria um impacto para prefeitura de Salvador, Roma seguiu o discurso defendido pela gestão municipal na primeira eleição de Neto, que a capital andaria com as próprias pernas. (A época o tanto o governador da Bahia quanto o presidente da República eram do PT, partido adversário do DEM).
“Quando servi o exército aprendi uma frase que diz “quando o treinamento é difícil a vitória é certa”, então acho que o prefeito ACM Neto já mostrou que pode andar com as próprias  pernas. Neto amargou uma oposição  muito mais ferrenha e dura nos primeiros anos de gestão, com o PT que não liberou recurso algum para Salvador e só prejudicou a nossa cidade, dificultando todas as inciativas que aqui tomamos e mesmo assim conseguimos arrumar a casa. O prefeito não tem a preocupação exclusiva de um rumo  administrativo de Salvador, nesse momento que ele circula e conversa é muito mais como um líder nacional pela responsabilidade que tem com  Brasil, do que como um administrador de Salvador”, finalizou. 
Publicada originalmente em 28/05 às 11h48

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