Política

Joias mais valiosas compradas por Cabral não foram encontradas pela PF

Publicado em 29/05/2017, às 06h47   Redação BNews


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As joias mais caras adquiridas, de acordo com o Ministério Público Federal, pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo não foram encontradas no apartamento do casal nas duas operações realizadas pela Lava Jato, de acordo com a Folha. A Polícia Federal concluiu a análise das 124 joias e 13 relógios encontrados no imóvel. O laudo indica que as peças apreendidas valem R$ 4,8 milhões.
Segundo o jornal, o valor é menor do que os R$ 6,5 milhões gasto pelo casal em apenas duas joalherias de acordo com denúncia apresentada em dezembro pela procuradoria. Os dois são acusados de ocultar o patrimônio adquirido com propina por meio da aquisição desses bens em dinheiro vivo.
A publicação detalha que entre os laudos e as listagens entregues pelas joalherias H. Stern e Antônio Bernardo indica que as peças mais valiosas não foram apreendidas pela Polícia Federal. Estão entre os exemplares ainda não encontrados o brinco espeto de turmalina com diamantes, que custa R$ 612 mil, e o anel de ouro amarelo com rubi, estimado em R$ 600 mil, os dois mais caros da lista.
O advogado Alexandre Lopes, que representa Ancelmo, afirmou que as joalherias atribuíram à sua cliente "joias jamais adquiridas por ela". Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, a ex-primeira-dama disse que nunca comprou joias com dinheiro vivo ou fez aquisições "de valores altos". Ela negou também que as joias compradas nas duas datas festivas fossem dela.
"Não foi comprado por mim. Não foi presente. Honestamente acredito que meu marido não tenha comprado. Quero crer que ele não tenha comprado para outra pessoa", disse, único momento em que sorriu no depoimento.
A defesa de Cabral informou que se manifestará apenas no processo.

Classificação Indicativa: Livre

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