O desembargador Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, determinou ao juiz Sérgio Moro que tome novamente os depoimentos do empresário Emílio Odebrecht e do ex-executivo da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar – ouvidos pelo magistrado nesta segunda-feira (5), de acordo com o Estadão. Ele foi testemunha de acusação contra o ex-presidente Lula em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a reportagem, o desembargador acolheu pedido em habeas corpus dos advogados de Lula, que alegaram cerceamento de defesa porque a Procuradoria da República juntou documentos aos autos do processo pouco antes da audiência.
A publicação detalha que entre os documentos foram anexados vídeos com as delações do patriarca da Odebrecht e de Alexandrino. A defesa de Lula alegou que não teve tempo para examinar as mídias.
O habeas corpus, subscrito pelo criminalista Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, chegou ao TRF4 às 13h22. A audiência com os delatores começou às14hs. O desembargador Gebran decidiu depois que os depoimentos eles já tinham sido tomados por Moro.
Ainda de acordo com o jornal, Gebran neto não viu nulidade no ato de Moro, mas destacou a necessidade de ‘se oportunizar o exercício pleno da ampla defesa e do contraditório, mormente no caso presente, no qual a complexidade da investigação justifica a cautela a ser tomada na colheira da prova’.
Publicada originalmente às 7h
