Política

Sem definir se fica ou não no governo, PSDB vive crise de identidade

Publicado em 11/06/2017, às 09h50   Redação BNews


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O dilema sobre continuar ou não apoiando o governo Michel Temer jogou o PSDB na maior crise de sua história, um ano antes de a sigla completar 30 anos. O partido informou que iria se decidir após o julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE, ocorrido na última sexta-feira (9) que absolveu os políticos. Se sair da base de apoio de Temer,  a agremiação ganhará a pecha de traidora, já que apoia o presidente desde sua posse interina em 2016.
O PMDB já disse que não apoiará um candidato tucano à Presidência em 2018 se for abandonado agora, e há um fato com que a classe política não contava quando eclodiu a crise da delação da JBS: o cenário em que Temer resiste até o fim do governo. Se ficarem, os tucanos abraçam um Temer infectado pelo vírus da impopularidade, às vésperas de 2018.
De favorito para a sucessão do peemedebista, o PSDB passou a incógnita após ter sua cúpula atingida pela Lava Jato –seu presidente, Aécio Neves (MG), foi afastado do mandato de senador e corre o risco de ser preso. Não é casual que o nome do prefeito paulistano, o novato João Doria, esteja à manga como saída de emergência: sem respingos da Lava Jato, encarnando o "novo" e ligado a um grupo vital no PSDB, o do governador Geraldo Alckmin (SP).
Por sua vez, se sobreviver às citações na Lava Jato, Alckmin se vê candidato, e torce para que Temer fique para evitar a ascensão de um presidenciável já no Planalto. O governador sempre manteve distância do governo, e pode usar isso à frente.O fato de a pressão pelo desembarque ter sido iniciada por parlamentares jovens é reflexo do óbvio: eles terão de enfrentar o eleitor. Aqui e ali ameaçam deixar o partido, mas poucos acreditam em uma debandada, talvez de 10 dos 46 deputados.
Segundo um integrante da cúpula, toda essa incerteza torna imperativo tirar caráter decisório da reunião ampliada que acontecerá na segunda (12) em Brasília, incluindo a Executiva Nacional, congressistas e governadores.
Com informaçãos da Folha de São Paulo 

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