Política

Lídice cobra punição a Temer e diz que ‘Congresso está chantageado e cooptado’

Publicado em 30/06/2017, às 17h40   Tamirys Machado e Eliezer Santos



Durante a mobilização de greve geral, em Salvador, nesta sexta-feira (30), a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que o presidente Michel Temer tem chantageado e cooptado deputados e senadores na tentativa de se manter no cargo e não responder às acusações de corrupção que foram atribuídas a ele a partir da delação premiada da JBS e das provas coletadas pela Polícia Federal.

“O Congresso está, na verdade, chantageado e cooptado pela distribuição de cargos, de benefícios, pela distribuição de emendas seletivas...este processo que já se iniciou desde a comissão da reforma trabalhista na Câmara, onde cada deputado que votou a favor recebeu liberação de orçamento da União”.

E acrescentou: “Pela primeira vez na história do Brasil estamos convivendo com um presidente no exercício do seu mandato foi acusado de ter cometido mais de um crime, iniciando pelo crime de corrupção passiva. Essa que é a gravidade do momento que estamos vivendo. O governo não tem credibilidade da população, é um governo que se iniciou impopular e tem tudo para continuar impopular. Porém, mais que impopular, além do povo não gostar, não acredita”.

Segundo ela, este mesmo Congresso articulou a saída da ex-presidente Dilma Rousseff sem que houvesse consenso quanto a legitimidade da acusação imputada.

“E tem provas de que ele [Michel Temer] cometeu crimes, e que precisam ser esclarecidos para a população. É uma coisa surrealista, tiramos uma presidente da República porque, à época, havia cometido o crime de pedalada fiscal, que nada mais é que uma manobra contábil”.

Escolha de Raquel Dodge para a PGR

Sobre a escolha de Temer pela procuradora Raquel Dodge para assumir Procuradoria-Geral da República (PGR), Lídice disse que o ato não passou de revanchismo ao procurado Rodrigo Janot que formulou a denúncia contra o presidente por corrupção passiva.

“Se ela se sair bem na sabatina que vamos realizar pode ter o voto de todos, pode ser unanimidade, mas isso não é fundamental nesse momento. O fundamental é que o presidente possa responder à sociedade brasileira as acusações que pesam sobre ele. É uma obrigação dele escolher alguém. Ele escolheu aquela que é oposição ao que ele considera, entre aspas, seu inimigo, no entanto o procurador Janot cumpria a sua tarefa, o seu dever”.

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