Política

Petrobras questiona advogados da J&F por "conflito de interesse"

Publicado em 19/07/2017, às 06h26   Redação BNews


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A J&F está sondando escritórios de advocacia que possam fazer as investigações internas independentes em empresas do grupo, segundo a colunista da Folha, Mônica Bergamo. Depois de firmar acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), o conglomerado tem um prazo para entregar um pente fino que detalhe as irregularidades cometidas.
De acordo com a publicação, o escritório Trench Rossi e Watanabe, que faria as investigações, suspendeu o contrato com o grupo. A decisão se deu em meio a rumores de que a Petrobras, com quem a banca tem contrato de R$ 96 milhões, teria pressionado a firma a romper com a J&F depois que os sócios do grupo delataram Michel Temer.
Ainda de acordo com a coluna, a Petrobras afirma que enviou "correspondência ao escritório de advocacia Trench Rossi e Watanabe questionando potencial conflito de interesse por terem como clientes Petrobras e Eldorado, do grupo JBS". E diz que foi informada "de que a firma não mais representava o outro cliente". A empresa não considera a iniciativa uma forma de pressão. O escritório também diz que não foi pressionado.
A publicação detalha também que logo depois que a delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista veio a público, o escritório passou a ser questionado diretamente por Temer, em discursos, por ter contratado um ex-procurador que já tinha sido braço direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "para ganhar milhões". O profissional acabou demitido.
A coluna afirma que a J&F ainda deve R$ 600 mil à banca, que chegou a iniciar as negociações para acordo de leniência do grupo com o MPF. Os honorários eram cobrados por hora de trabalho de um sócio do escritório-que poderiam chegar a R$ 1.500,00 cada uma.
O escritório alegou equívocos contábeis para, até agora, não receber o dinheiro dos irmãos Batista.

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