Política

PF faz busca em agência que teria trabalhado para Pitágoras; defesa nega vínculo

Publicado em 27/07/2017, às 09h30   Redação BNews


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Agentes da Polícia Federal acompanharam dois oficiais de Justiça na manhã desta quarta-feira (26) durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na sede da agência de publicidade ‘Atenas Comunicação LTDA’, apontada como responsável pela campanha eleitoral em 2016 do prefeito de Candeias Pitágoras Ibiapina (PP).

A medida judicial faz parte da ação movida pela adversária do prefeito, Tonha Magalhães. A investigaçao tenta encontrar indícios que comprovem se os serviços prestados pela empresa foram custeados com recursos obtidos através de caixa dois.

Ao BNews, o advogado Michel Reis negou que a empresa tenha trabalhado para a campanha de Pitágoras. "A empresa que trabalhou conosco está devidamente identificada na prestação de contas", frisou.

A ação desta quarta aconteceu por determinação do juiz eleitoral, Tadeu Ribeiro de Vianna Bandeira, que também autorizou a quebra do sigilo bancário de Carlos Antônio Ibiapina Júnior, o irmão do prefeito. Na sua decisão, o magistrado citou a denúncia de que Carlos Júnior sacou, em 3 de setembro de 2016 – às vésperas da votação, R$ 150 mil que seria usado para compra de votos na cidade.

A prática de compra de votos é considerada crime eleitoral e, se for comprovada, pode sofrer pena de cassação e inelegibilidade.

Segundo a parte autora do processo, a coligação "É hora de defender Candeias", os serviços publicitários não foram contabilizados na prestação de contas da campanha do prefeito Pitágoras, seja a título de despesa e/ou doação. Os valores teriam sido usados, conforme os denunciantes, para a compra de apoio político, com a finalidade de ampliar o tempo da propaganda eleitoral gratuita. 

"Circunstância que prova e reforça a necessidade da busca e apreensão no presente caso, notadamente diante dos indícios trazidos de que pode ter havido a decisiva participação da empresa Atenas na campanha do candidato eleito", observou o juiz Tadeu Bandeira.

"Ainda não fomos notificados desta ação. O juiz deferiu a busca na sede da empresa para ver se tinha documentos. Não vão encontrar nada, porque essa empresa não trabalhou para Pitágoras. A empresa que trabalhou está apontada na prestação de contas", argumentou o advogado do prefeito.

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