Política

Perillo nega disputa pelo comando do PSDB e tucanos continuam sem rumo

Publicado em 28/07/2017, às 14h07   Luiz Fernando Lima


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Governador de Goiás, Marconi Perillo, negou com veemência qualquer possibilidade de disputar uma eleição interna pela presidência nacional do PSDB, como foi divulgado pela imprensa na última quinta-feira (28). Os tucanos estão rachados sobre permanecer ou sair do governo Michel Temer. As reuniões não resultaram em decisão. Desde que o senador Aécio Neves (PSDB ) se licenciou o partido é presidido interinamente pelo também senador Tasso Jereissati .

O advogado do gestor, Ademir Ismerim, conversou com Perillo sobre a veracidade da informação. “Ele me autorizou a dizer que jamais disputaria uma eleição interna, pois sempre foi favorável à harmonização do partido que pode ser alcançada por meio do diálogo. Disse ainda que ainda que fosse indicado consensualmente não toparia, porque acredita ser incompatível dirigir o partido e o governo”.

A negativa de Perillo é um baque para os tucanos que defendem a permanência do partido na base do peemedebista Temer. O governador integra o grupo que não quer mudanças na presidência. Não neste momento. Por outro lado, Jereissati tende a topar a saída do partido e também aceita continuar na presidência.

Na Bahia o partido está dividido também, mas há uma parcelar maior dos que defendem a saída do governo. O presidente estadual João Gualberto, deputado federal, é um deles. Colega de parlamento e pretenso candidato ao Senado em 2018 Jutahy Magalhães votou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pela continuidade do processo contra Temer por corrupção passiva. Não apenas quer o rompimento com governo atual como também a saída do presidente.

Já Antônio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo, é um defensor da manutenção do peemedebista. Imbassahy retornará à Câmara na próxima semana para dar o seu voto em plenário em favor do presidente. Este é o retrato das principais lideranças do PSDB na Bahia.

Os tucanos ainda buscam harmonizar o ambiente para chegar em condições de disputar a eleição de 2018 com um candidato forte e um partido sem fissuras. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin é favorito para representa-los, no entanto, o prefeito de São Paulo, João Doria Júnior, indicado na política por Alckmin é o low profile da vez e pode vir a ser o candidato.

Por enquanto, o projeto nacional do PSDB fica de lado enquanto o DEM, partido que ficou diminuto desde o início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cresce exponencialmente com Rodrigo Maia – presidente da Câmara -, ACM Neto –prefeito de Salvador-, e Mendonça Filho, ministro da Educação.

Os demistas abocanham justamente o naco de poder negligenciado pelos tucanos em brigas internas. Isso somado à exposição negativa de seu principal líder nos últimos quatro anos Aécio Neves, denunciado pelo Ministério Público por corrupção no caso dos irmãos Batistas, tem mantido situação naufrágio do partido.

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