Política

Imbassahy alega que lista negociada no plenário se trata de balanço de emendas

Publicado em 07/08/2017, às 17h04   Luiz Fernando Lima


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Durante a votação da admissibilidade do processo contra o presidente Michel Temer (PMDB) na última quarta-feira (2) na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (PSDB) que se licenciou da secretaria de Governo para votar como parlamentar, foi fotografado com uma lista que seria das emendas impositivas empenhadas e a empenhar.

A história que se contou é que Imbassahy estaria negociando a liberação de emendas em troca de apoio ao presidente denunciado por corrupção passiva. A informação foi negada prontamente pelo tucano do primeiro escalão da gestão que afirmou se tratar de um balanço das emendas que serviria justamente para demonstrar que não houve privilégios para os apoiadores de Temer.

Nesta segunda-feira (7), o deputado federal Afonso Florence (PT-BA) trouxe o assunto novamente para a discussão. "Claro que eles vão jogar as armas deles. Não sou eu que estou dizendo, a imprensa cobriu Imbassahy (ministro da Secretaria de Governo) cambalachando voto dentro do plenário da Câmara dos Deputados. Um escândalo aquilo ali. Eles vão jogar com recursos públicos para tentar ganhar votos para aprovar a reforma da Previdência”.

Em resposta às declarações do petista, Imbassahy enviou nota à imprensa, através de sua assessoria, afirmando que não houve favorecimento aos apoiadores de Temer. Confira a nota na integra:

Em relação à declaração do deputado federal do PT, Afonso Florence, reproduzida neste veículo, ressaltamos que o pagamento de emendas parlamentares é obrigatório, previsto na Constituição. Muitos parlamentares da oposição conseguiram empenhar valores expressivos, o que mostra que não há direcionamento ou distinção. Gleisi Hoffman, presidente do PT, Alice Portugal, líder do PCdoB na Câmara, empenharam acima de R$ 10 milhões cada uma em emendas parlamentares, enquanto Moema Gramacho, que hoje é prefeita, os deputados Waldenor Pereira e Nelson Pellegrino, todos do PT, acima de R$ 9 milhões e Florence, R$ 5,4 milhões. São dados públicos, extraídos do site Siga Brasil, do Senado Federal. Assim, não procede a colocação de que o governo se utiliza de emendas para buscar apoio, já que, se assim fosse, não haveria sentido empenhar emendas de partidos oposicionistas.

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