Política

Sérgio Carneiro preparado para disputar a vaga no TCU

Imagem Sérgio Carneiro preparado para disputar a vaga no TCU
O deputado feirense critica notas plantadas na imprensa e afirma que Dilma não vai interferir  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/08/2011, às 13h58   Luiz Fernando Lima


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Nas últimas semanas os nomes de dois deputados federais têm aparecido nas páginas das publicações nacionais como principais candidatos na corrida pelo assento vago na corte do Tribunal de Contas da União (TCU) – o comunista Aldo Rebelo e a mãe do governador de Pernambuco Eduardo Campo, Ana Arraes (PSB) -. A despeito do noticiado, o parlamentar baiano Sérgio Carneiro (PT), mantém a confiança nas suas chances de assumir o cargo.

O petista de Feira de Santana conseguiu o apoio oficial da bancada de sua legenda na Câmara (86 deputados), além disso, Sérgio garante que atende a todas as exigências constitucionais para ser alçado a ministro do TCU. “Infelizmente, o artigo da Constituição nunca foi cumprido em sua plenitude quando da escolha dos outros ministros, mas com o amadurecimento do país é possível que seja”, afirmou

No artigo 73 está determinado que os ministros serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; e mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

Nestes quesitos Sérgio de fato leva vantagem. A deputada Ana Arraes é advogada, mas já completou 64 anos, faltando apenas um ano para estar fora da disputa. Já o comunista, tem 55 anos, mas é jornalista. Sérgio é advogado e ainda vai completar 51 anos. Afirma que advogou e ainda exerce a função tanto em Brasília quanto na Bahia.

Apesar dos ditames constitucionais, a influência de bancadas e do governo federal são fatores mais preponderantes na disputa pelo cargo. Na edição desta semana, a revista Veja diz que a presidente Dilma Rousseff teria decidido apoiar a candidatura de Aldo, isto de forma velada.

Questionado sobre a informação Sérgio lembrou que não faz muito tempo a preferida do governo federal era a Ana Arraes, sob a justificativa de ser mulher. “Considero isto (a nota) mais uma informação plantada. Conversei com a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil) que me garantiu que não haverá participação do governo nesta disputa”, disse.

De acordo com feirense, não seria interessante para Dilma entrar nestas questões agora. O momento de instabilidade e de relações estremecidas com os partidos aliados poderia ser potencializado em caso de ingerência do Poder Executivo. Isto porque todos os candidatos são da base e tender para um, certamente, desagradaria os outros.

Ainda sobre a disputa, Sérgio acredita que o apoio do PT, maior bancada, vai ditar o vencedor. “Eu não faço campanha através da imprensa, tenho conversado com os deputados e com os governadores. O Eduardo Campos pediu o apoio de Antônio Anastasia (PSDB), governador de Minas Gerais, eu estive com Tarso Genro (PT), governador do Rio Grande do Sul, com o Agnelo Queiros (PT), do Distrito Federal, com outros”, revelou. Nos bastidores, já foi noticiado que o senador João Durval (PDT), pai de Sérgio também trabalha para viabilizar o nome do filho.

Feira de Santana

Apenas uma coisa poderia dissuadir Sérgio de concorrer ao cargo no TCU. A prefeitura de Feira de Santana. O sonho de administrar a cidade natal é algo público, contudo, lá o deputado federal teria que enfrentar uma disputa com o atual líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, deputado estadual Zé Neto.

Contra Sérgio está o pronunciamento público do governador Jaques Wagner em favor de Zé Neto. Contudo, há quem diga que o deputado estadual sofre com uma rejeição grande em seu colégio eleitoral. De uma forma ou de outra, Zé Neto parece estar disposto a encarar as urnas e ver o que acontece.

Sérgio lamentou a forma como foi conduzida a última campanha para a prefeitura de Feira de Santana em 2008. Na oportunidade, ele e Colbert Martins (PMDB) dividiram os votos governistas – os partidos andavam de braços dados à época – e nenhum assumiu, a vaga ficou com Tarcízio Pimenta, então no DEM, atualmente do PDT.

Nas eleições de 2011, os governistas podem sofre novamente com uma base dividida, já que o PDT é partido aliado no plano estadual.
Ainda versa sobre o assunto, pressão de segmentos importantes da sociedade feirense para que, em última instância, Sérgio deixe o PT para ingressar em outra legenda que permita a ele, concorrer em boas condições à administração da cidade.

O petista preferiu não polemizar sobre a possibilidade e recorreu ao discurso de que vai esperar os próximos acontecimentos para ver como se posiciona.

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