Política

2ª Denúncia de Janot: Otto diz que Temer sacrifica contas públicas “para dar a ração dos caras” na Câmara

Paulo M. Azevedo
"Ninguém vota com ele por ideologia”, dispara  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo

Publicado em 14/09/2017, às 23h41   Eliezer Santos



O senador Otto Alencar (PSD-BA) sustenta a tese de que o governo federal fará novo sacrifício nas contas públicas para oferecer benesses a deputados que ajudarem a barrar o prosseguimento da segunda denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer e integrantes do grupo conhecido como “Quadrilhão do PMDB” na Câmara, formado pelos ex-deputados Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

Geddel, Cunha e Alves estão presos. Temer, Padilha e Moreira Franco ainda ocupam o Palácio do Planalto.

“Eles aumentaram a meta de 139 para 159 bilhões para dar a ração dos caras. Ninguém vota com ele [Temer] por ideologia”, afirma.

No dia 15 de agosto o ministro da Fazenda Henrique Meireles anunciou o aumento da meta de déficit fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões este ano. 

Segundo Otto, o peemedebista é sustentado em um cenário de “inversão de valores da política”. A despeito de elevado índice de rejeição popular, “Temer é o presidente mais forte na Câmara e no Senado na história recente da redemocratização”.

“Desde que o presidente é presidente que está em crise. As denúncias são picos de agonização. Nunca vi um momento tão desalentador na história da política”, acrescenta.

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