Política

Procurador baiano diz que Janot deixou a PGR de forma “pouco republicana”

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"Nos últimos meses ele meteu as mãos pelos pés", acrescentou  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 18/09/2017, às 22h00   Eliezer Santos


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O procurador de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Rômulo Moreira, comentou a mudança no comando da Procuradoria Geral da República, que passou das mãos de Rodrigo Janot para Raquel Dodge, que assumiu oficialmente o posto na manhã desta segunda-feira (18).

Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, Rômulo afirmou que acredita na continuidade com rigor das investigações no âmbito da operação Lava Jato e que o perfil de Dodge contribui para tanto.

“Ela tem propensão menor a aparecer. Vamos ter uma procuradora que não tem esse deleite pela mídia. Tenho informações de colegas que falam muito bem dela”.

Ele criticou a conduta do ex-procurador Rodrigo Janot, histórico rival de Dodge, em não prestigiar a posse de sua sucessora, além de sustentar o ambiente de rivalidade nas trincheiras políticas do Ministério Público Federal (MPF).

“Uma indelicadeza de Janot não participar da posse de Dodge. Uma forma de sair muito pouco republicana. Nos últimos meses ele meteu as mãos pelos pés. Os procuradores não trabalham para Janot, trabalham para o Brasil. Chega a ser uma improbidade se a equipe de Janot não colaborar na transição. É um crime de lesa majestade contra o Brasil. Acredito que deve haver uma cooperação entre as equipes”.

O procurador do MP baiano avaliou que, em seus últimos atos, Janot “se tornou refém de si próprio” e fez “tortura psicológica” com os envolvidos em acordos de delação para chegar aos seus objetivos. 

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