Política

Dória diz que é cedo para falar em eleições de 2018, mas roda país em busca de apoio

El País
Pré-candidato a presidência da República, prefeito de São Paulo comenta apoio de ACM Neto   |   Bnews - Divulgação El País

Publicado em 01/10/2017, às 15h33   Tamirys Machado



No discurso o prefeito João Dória (PSDB) enfatiza que 2018 é para ser tratado em 2018, ou seja, a “pauta eleições” é precoce e deve ser discutida apenas no próximo ano. A prática, no entanto, não condiz com a teoria. Embora não se intitule candidato a presidência da República, o tucano tem rodado o país em busca de apoio, sendo alvo inclusive de ação judicial de opositores, como o PT que acionou o Ministério Público de São Paulo contra a agenda de viagens do prefeito em horário de expediente. 


Em entrevista publicada neste domingo (1) à Folha de São Paulo, Dória afirmou que “é candidato a continuar sendo prefeito da cidade de São Paulo. O ano que vem está longe. Agora é precipitado. O momento para discutir isso é janeiro. O próprio PSDB vai adensar o debate sobre a candidatura, o que deverá ocorrer entre janeiro e março”, ao ser questionado se é candidato. 


Nos últimos três meses Dória esteve nas cidades de Curitiba, Palmas, Natal, Fortaleza, Recife e Salvador. Em quase todas houve um clima de campanha. Na capital baiana, o prefeito recebeu o título de Cidadão Soteropolitano na Câmara de Vereadores e foi alvo de protesto chegando a receber ovada. Em Tocantins Dória foi recebido com faixas ‘Tocantins quer Doria presidente’. 


Na mesma entrevista, o prefeito comentou ainda sobre o apoio do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). “Eu respeito muito as opiniões, especialmente as do ACM Neto, cuja gestão é brilhante. Fico honrado e feliz, mas acho que a hora para discutir é ano que vem. Não há razão nesse momento de pensar em qualquer desvinculação do PSDB”, declarou ao ser indagado também sobre a possibilidade de mudar de partido. 


João Dória comentou também sobre o governo impopular do presidente Michel Temer (PMDB) e a associação com o PSDB.  “Talvez seja [pesada demais]. Mas é preciso compreender que a dimensão de um partido com a história do PSDB não pode estar apenas alicerçada nas suas legítimas ambições eleitorais, em interesses pessoais. Mesmo que isso gere um desgaste”, avaliou. 

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