Lauro de Freitas: vereadores se mobilizam na tentativa de reverter perda de território para Salvador

A lei municipal aprovada pela Câmara de Salvador e sancionada pelo prefeito ACM Neto (DEM) em setembro tem gerado embate com o município de Lauro de Freitas, que perdeu área na reformulação territorial. A divisão do território entre os municípios será tema de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Territoriais da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na próxima quarta-feira (4).

Em busca da reversão da perda de áreas como Areia Branca, Cassange, Barro Duro e parte de Itinga, três vereadores da oposição em Lauro de Freitas defendem uma nova divisão tendo como referência o traçado da BA-526. Coca Branca (PPS), Decinho (PRB) e Doutor Emanuel (PSDB) afirmaram, em conversa com a reportagem do BNews, que a população residente nos locais incorporados pela prefeitura de Salvador tem identidade com Lauro.

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"Nossa preocupação é por conta da perda de arrecadação, sem contar a estrutura para serviços públicos construída por Lauro de Freitas, a exemplo de escolas e unidade de saúde. Por que não fez um plebiscito para saber a opinião dos moradores?", pondera o vereador Doutor Emanuel.

"Obervamos que essa área, antes desvalorizada, passou a ser valorizada. Em termos comparativos, a CIA/Aeroporto pode vir a ser a nova Estrada do Coco", analisa o vereaedor Coca Branca, que questiona a não realização de serviços públicos por parte da prefeitura de Salvador nas localidades anexadas.

A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), já disse que buscará reverter a perda na Justiça por entender que a esfera com competência para legislar sobre divisão territorial entre municípios é da Assembleia Legislativa da Bahia.

No auge da discussão, o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo de Salvador, Guilherme Bellintani, explicou, em conversa com o BNews, que intervenção da prefeitura não tem o objetivo de traçar novos limites. “A maior parte dos bairros de Itinga e Areia Branca está dentro de Lauro, mas uma pequena parte estabelecida pela SEI [Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia] está dentro de Salvador. Então, precisava levar esse nome. Não estamos mudando a delimitação definida pela SEI”, assegurou.