Política

Deputado baiano ironiza votação do “fundão” na Câmara: muita gente na hipocrisia

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Elmar Nascimento e Cláudio Cajado defendem avanço na votação da reforma política  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 05/10/2017, às 18h26   Juliana Nobre


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Depois de meses arrolada no Congresso Nacional, a reforma política foi aprovada no limite máximo do seu prazo para que valha a partir de 2018. Deputados baianos acreditam que houve avanço para reformulação do processo, contudo alguns pontos relevantes foram barrados. Em conversa com o BNews, na tarde desta quinta-feira (5), parlamentares se pronunciaram sobre a votação.

Vale ressaltar que o Senado fez novas mudanças na lei eleitoral para as eleições do ano que vem. dentre elas a que limitava em R$ 200 mil o autofinanciamento. Os senadores permitiram que cada candidato possa doar para sua própria campanha a totalidade dos seus recursos. 

Para o presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (DEM) não concordou com a retirada do limite do autofinanciamento, mas acredita que houve avanço. “Foi feito o que poderia ser feito. Para mim, a maior reforma ocorreu a partir do fim das coligações. Eu votei para que valesse a partir de 2018, mas a maioria votou para 2020”. 

O demista chamou a atenção para os pontos que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve regulamentar, por exemplo, o teto para as campanhas eleitorais. Segundo Nascimento, a cláusula de barreira/desempenho só terá real efeito daqui a 16 anos. “De qualquer forma evoluímos”, reforçou.

O deputado federal Cláudio Cajado (DEM) também avaliou positivamente as mudanças no processo eleitoral. Para o demista a alteração de maior relevância refere-se ao financiamento de campanha, com a criação do fundo eleitoral, o “fundão”. “O financiamento público veio para evitar o caixa 2 e a criminalização da política. Mas se vai acabar mesmo é o que vamos ver. Agora é crime e tem que ter uma punição muito mais severa. A hipocrisia veio a tona”, defende. 

Os dois demistas votaram a favor do fundão. “Votei a favor porque não sou rico, não vou fazer caixa 2, não vou fazer propina. Eu vi muita gente na hipocrisia, votando contra, mas torcendo para passar”, revelou Nascimento. 

Saiba o que foi aprovado no Congresso.

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