Política

Caciques baianos de partidos menores acreditam em sobrevida partidária após cláusula de barreira

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PSL, Podemos e PRP acreditam que conseguirão passar da clausula em 2018  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 06/10/2017, às 22h53   Juliana Nobre e Victor Pinto


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Um levantamento realizado pela Folha mostra que se a cláusula de barreira dos partidos políticos tivesse sido válida na eleição anterior, pelo menos 14 siglas deixariam de existir no tabuleiro do jogo eleitoral brasileiro. Agora, para o partido se manter, precisará garantir 1,5% dos votos válidos nacionais a deputados federais. 

A medida visa restringir a quantidade de partidos, principalmente as conhecidas legendas de aluguel: sem políticos, de fachada, consumidoras do fundo eleitoral e barganhadoras, por exemplo, do tempo de televisão e rádio em cada campanha. Outras funcionam como clãs de um líder só. 

 Também existem siglas conhecidas e com atuação em diversos seguimentos, mas sem a expressividade de parcela eleitoral necessária.

Neste levantamento da Folha estão no rol da pindaíba da cláusula: PCB, PPL, PSTU, PTC, PRTB, PMN, PSDC, PEN, PTN, PSL, PRP, PTdoB, PHS e PCO.

Caciques baianos das legendas ouvidos pelo BNews, apesar dos dados não serem animadores, acreditam na manutenção das suas agremiações. Como é o caso do deputado Marcelo Nilo (PSL), que enfrentará sua primeira eleição pós arrumação no PSL. O ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia é pré-candidato a deputado federal.  

“Acho que o PSL cresceu muito em vários estados e vamos alcançar o índice  pra não ser alcançada pelo cláusula  de barreira”, garantiu. 

Para o deputado federal João Carlos Bacelar do Podemos, antigo PTN, a cláusula não será problema. Acredita que o rearranjo em torno de uma eventual candidatura da sigla a presidência da República ajudará no contexto. 

“No nosso caso temos 18 deputados federais, três senadores, vamos ter candidato a presidente da República... É muita tímida a clausula. Para o Podemos não é problema. Pretendemos aumentar. Temos candidatos para governador em alguns estados”, explicou. 

Já Alexandre Moraes do PRP aposta na migração de políticos conhecidos em siglas menores para a garantia da sobrevivência partidária. “Estamos trabalhando para 2018 com algumas mudanças. Acredito que políticos de partidos maiores devem migrar paras siglas menores por questão de sobrevivência. Mas ainda é muito cedo para pensar nisso. Até março muita coisa pode acontecer, inclusive nada”. 

Confira o gráfico da FolhaPress:


Classificação Indicativa: Livre

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