Política

Seria uma imoralidade, diz Kátia Abreu sobre votação secreta que decide futuro de Aécio

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Votação que divide Senado acontece após o STF transferir ao Congresso o poder de rever medidas cautelares  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 14/10/2017, às 07h19   Redação BNews



Senadores dispostos a votar para manter Aécio Neves (PSDB-MG) afastado do exercício do seu mandato se movimentam para impedir o avanço da articulação para que o voto seja secreto na sessão que definirá o futuro do tucano, segundo a coluna Painel, do jornal Folha.

A votação acontece após o Supremo Tribunal Federal (STF) transferir ao Congresso o poder de rever medidas cautelares. Com esta decisão, a tendência é que sejam derrubados a decisão de afastamento do mandato e recolhimento noturno.

Segundo o jornal, o grupo insistirá com o argumento de que não há previsão na Constituição para votação secreta. “Seria uma imoralidade. O voto é aberto. Foi assim com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Delcídio do Amaral (sem partido-MS). Por que mudar com outro parlamentar?”, disse a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o jornal.

A coluna revela também que há a avaliação de que o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) não estaria disposto a enfrentar o desgaste do voto secreto.

Já tucanos mais próximos de Aécio, segundo o jornal, acham que o senador deveria renunciar definitivamente à presidência do PSDB mesmo que o resultado da votação sobre seu mandato seja favorável na semana que vem.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) afirmou que vai acionar o Supremo se o Senado decidir pela votação secreta.

Com nove inquéritos abertos no STF, Aécio foi afastado do mandato e submetido a recolhimento domiciliar noturno por decisão da Primeira Turma do Supremo no final de setembro, com base em delações do Grupo J&F. 

Aécio Neves precisa de 41 votos para retomar o mandato. A votação no plenário da Casa está marcada para a próxima terça-feira (17).

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